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05/05/2003 - 20h08

Justiça colombiana confirma mortes de 8 militares e 2 políticos

da Folha Online

A Justiça colombiana confirmou que, junto com o governador de Antióquia, Guillermo Gaviria, 40, e o ex-ministro da Defesa Gilberto Echeverri, 69, morreram oito militares, que também eram reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Uma fonte da Justiça informou à agência France Presse que outros dois militares mantidos em cativeiro estão feridos e um terceiro saiu ileso.

Fontes extra-oficiais disseram que as dez pessoas teriam sido mortas quando os rebeldes detectaram a presença de aviões militares, que sobrevoavam o acampamento onde as Farc mantinham os reféns.

Tentativa de resgate

Um comunicado do governo colombiano, lido por Ricardo Galán, chefe de imprensa da presidência, disse que após seis dias de preparativos foi realizada hoje uma tentativa de resgate dos 13 sequestrados que estavam em um acampamento das Farc detectado pelo Exército.

Galán assinalou que "nem durante o desembarque, nem durante o deslocamento, as tropas fizeram disparos, tampouco os helicópteros. Não houve combates".

Farc

Pouco antes, a guerrilha das Farc afirmou que as mortes de Gaviria e de Echeverri aconteceram durante combates entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o Exército.

As Farc responsabilizaram, em um comunicado, o presidente colombiano Alvaro Uribe pelos fatos que levaram ao incidente.

No comunicado, divulgado por uma emissora de rádio de Medellín (500 km a noroeste de Bogotá), um homem que se identificou como porta-voz do grupo rebelde informou que no confronto entre o Exército e guerrilheiros das Farc, do qual participaram 600 homens, morreram o governador Guillermo Gaviria e Gilberto Echeverri, assim como outros prisioneiros.

"As Farc responsabilizam diretamente o sr. Alvaro Uribe pelos fatos", acrescenta o comunicado assinado pelo chefe do estado maior da guerrilha, José María Córdova.

Viagem de emergência

Uribe fez hoje uma viagem de emergência a Medellín, segunda maior cidade do país, para verificar as informações sobre as mortes do governador e do ex-ministro, sequestrados por guerrilheiros, informou um funcionário do governo.

Reuters - 27.mai.2002
Alvaro Uribe, presidente da Colômbia
Pouco antes, uma fonte militar disse à agência France Presse que Gaviria e Echeverri, sequestrados pelas Farc há mais de um ano, tinham sido assassinados hoje no norte da Colombia.

Os corpos de Gaviria e Echeverri e de oito soldados que também estavam sequestrados foram encontrados por forças de segurança, disseram à agência Reuters autoridades militares e governamentais.

Estão sendo investigadas as circunstâncias da morte dos sequestrados.

Vídeo

Em março, as Farc divulgaram um vídeo do governador, do ex-ministro e de outras personalidades que mantêm sequestradas.

Os reféns pediam ao governo do presidente Alvaro Uribe e aos líderes das Farc que selassem o quanto antes um acordo que permitisse sua libertação, segundo o telejornal Caracol.

No vídeo -entregue por rebeldes à redação do telejornal, na cidade de Santa Marta, e cuja data de gravação não foi divulgada- aparecem Guillermo Gaviria, Gilberto Echeverri, e o ex-ministro de Desenvolvimento Econômico Fernando Araújo.

Também são mostrados oficiais e suboficiais do Exército e da Polícia capturados pelos guerrilheiros há mais de quatro anos. Os reféns, que enviaram mensagens a parentes e ao governo, aparentavam estar bem de saúde.

Sequestro

Gaviria e Echeverri foram sequestrados em 21 de abril do ano passado, quando lideravam uma marcha contra a violência perto do Município de Caicedo, em Antioquia. Já Araújo foi capturado em 4 de dezembro de 2000, na cidade de Cartagena.

Os sequestrados foram incluídos pelas Farc numa lista de personalidades que a organização pretendia trocar por rebeldes presos.

As Farc têm cerca de 20 mil combatentes e são o exército rebelde mais antigo da América Latina.

Com agências internacionais

Leia mais
  • Reféns morreram em tentativa de resgate, diz governo colombiano
  • Secretário-geral da OEA condena assassinatos na Colômbia
  • Human Rights Watch pede libertação de reféns na Colômbia
  • ONU condena assassinato de políticos e exige libertação de reféns
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