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07/05/2003 - 21h38

Colômbia se despede de reféns mortos; governo insiste em resgates

da Folha Online

Milhares de colombianos prestaram hoje homenagem ao governador e ao ex-ministro assassinados com oito militares pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que os tinham sequestrado. Enquanto isso, o governo da Colômbia anunciou que continuará tentando resgatar reféns, apesar do fracasso da operação de segunda-feira (5), que resultou nas mortes.

O governo decretou três dias de luto nacional, enquanto autoridades, personalidades e cidadãos em geral fizeram uma romaria à sede de governo de Antioquia, no centro da cidade de Medellín, onde estavam expostos os caixões do governador Guillermo Gaviria e do ex-ministro da Defesa Gilberto Echeverri.

O funeral de Echeverri foi realizado hoje e o de Gaviria será amanhã. As duas autoridades tinham sido sequestradas pelas Farc em 21 de abril do ano passado, durante uma manifestação pró-paz.

Resgate fracassado

Em Bogotá, oito militares assassinados --alguns deles sequestrados há mais de cinco anos -- receberam honras militares durante uma cerimônia em que estiveram o presidente Alvaro Uribe; o vice-presidente Francisco Santos e o alto comando das Forças Armadas.

Após a cerimônia militar, Santos disse que "o governo, quando tiver a oportunidade de resgatar um sequestrado, o fará", porque "tem a obrigação constitucional e legal de devolver à liberdade todo colombiano que tenha restringida de maneira ilegal".

Os reféns mortos pelas Farc faziam parte de uma lista de ao menos 75 pessoas elaborada pelas Farc, que tentam condicionar a entrega dos sequestrados à libertação de guerrilheiros presos pelo governo.

Críticas

A operação de resgate fracassada, que contou com a participação de unidades especializadas na luta antiguerrilha com apoio de helicópteros, gerou polêmica e críticas por supostos erros táticos e de planejamento.

Especialistas em temas de segurança afirmaram que helicópteros não deveriam ter sido usados para desembarcar os soldados perto do acampamento onde estavam os reféns, pois isso fez com que a operação perdesse o fator surpresa e alertou os guerrilheiros.

Com agências internacionais

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