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ONU pede US$ 454 milhões para ajudar deslocados no Paquistão
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da Efe, em Islamabad
A ONU (Organização das Nações Unidas) pediu nesta sexta-feira à comunidade internacional US$ 454,6 milhões para financiar seus projetos de apoio aos cerca de 1,7 milhão de deslocados pela recente ofensiva militar contra o grupo islâmico radical Taleban na região do vale do Swat, noroeste do Paquistão.
Saiba mais sobre a ofensiva
Entenda a origem dos talebans
"A escala deste deslocamento é inacreditável em termos de volume e velocidade, e causou um terrível sofrimento", disse em comunicado o coordenador humanitário interino da ONU no Paquistão, Martin Mogwanja.
O atual êxodo é o maior no Paquistão desde a sua separação da Índia, em 1947.
"Pedimos o apoio generoso da comunidade internacional, além da assistência fornecida pelas famílias comuns e as autoridades nacionais", disse.
Para financiar os 165 projetos apresentados pelas organizações de ajuda e agências da ONU são necessários US$ 543,1 milhões, dos quais US$ 88,5 milhões já foram arrecadados.
"A comunidade humanitária pede uma contribuição urgente para os US$ 454,6 milhões restantes, com o objetivo de financiar a assistência aos mais necessitados e afetados pelo resto de 2009", afirmou na nota o escritório da ONU em Islamabad.
O objetivo do país é arrecadar US$ 1 bilhão, e por isso o primeiro-ministro, Yousuf Raza Gillani, pediu a agências humanitárias, organismos multilaterais e potências estrangeiras que assumam sua "responsabilidade" pelos deslocados.
"O Paquistão procura uma resposta positiva e visível da comunidade internacional e reitera seu compromisso de acabar com a militância em seu território", declarou Gillani.
Segundo a vice-ministra da Economia, Hina Rabbani, o Paquistão já recebeu US$ 224 milhões em ajuda externa e espera alcançar US$ 500 milhões ou US$ 600 milhões até esta sexta-feira.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, aproximadamente 1,7 milhão de civis abandonaram seus lares desde o começo de maio nos distritos em conflito.
Ofensiva
O Exército paquistanês lançou uma grande ofensiva militar no último dia 26 de abril para reagir aos talebans paquistaneses que tentaram tomar controle do distrito de Baixo Dir e do vizinho Buner, ambos nos arredores do vale do Swat. Segundo o governo paquistanês, a ofensiva deixou centenas de militantes mortos e os afugentou da região.
Arte/Folha Online |
Os talebans invadiram há cerca de dois anos o vale do Swat, um antigo ponto turístico do país transformado em reduto para os militantes que planejam os ataques às forças de segurança no país e no vizinho Afeganistão.
Em meados de fevereiro, Islamabad assinou um acordo de paz para tentar conter o avanço terrorista. O acordo propunha cessar-fogo em troca da instauração, em Swat e em outros seis distritos, de tribunais islâmicos da sharia.
Em vez de entregar as armas, os radicais islâmicos aproveitaram a oportunidade para tomar o controle os distritos de Buner e Baixo Dir, ficando a cerca de cem km da capital Islamabad. O governo, sob a intensa pressão de Washington, encerrou o acordo e iniciou ofensivas em Swat, e nos distritos vizinhos de Dir e Buner.
Com o acirramento dos confrontos, o governo decidiu suspender um toque de recolher, para facilitar a fuga dos civis. Há relatos de que as estradas de Mingora, principal cidade do Swat, estão engarrafadas com ônibus e caminhões lotados de pessoas.
O governo diz que talebans estão cortando suas barbas (um símbolo de identificação dos insurgentes) para escapar em meio aos civis. Nenhum porta-voz dos talebans comentou as declarações do Exército.
Segundo o primeiro-ministro paquistanês, Yusuf Raza Gilani, a ofensiva só terminará com a rendição dos insurgentes.
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O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
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