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02/06/2003 - 21h08

Governo e paramilitares iniciarão negociação de paz na Colômbia

da France Presse, em Bogotá

Os paramilitares de extrema direita e o governo colombiano, comprometidos em um diálogo preliminar, concordaram em realizar uma negociação de paz propriamente dita, afirmou o líder dos grupos, Carlos Castaño, em entrevista divulgada hoje.

"Entramos em acordo com o senhor comissionado [de paz], na última reunião, para passar muito em breve à etapa de negociação", disse Castaño ao responder um questionário enviado para ele pela internet pelo jornal colombiano "El Tiempo".

A chefia paramilitar e o alto comissionado para a paz do governo, Luis Carlos Restrepo, também disseram que nessa fase serão abordados temas como a "desmobilização" e a "reinserção", acrescentou o líder político das Autodefesas Unidas de Colômbia (AUC, extrema direita).

Compromisso

Segundo Castaño, após o encontro com Restrepo -cuja data não informou- também "ficou aberta a porta para a concentração de tropas a desmobilizar gradualmente".

"Esse é o compromisso das AUC (..) espero que se cumpra e que encontremos garantias", acrescentou.

O chefe paramilitar destacou o compromisso de sua organização "com o processo de paz ante a comunidade nacional e internacional", e a decisão de deixar as armas quando o governo se comprometer a garantir a segurança nas zonas "ameaçadas" pela presença das duas maiores guerrilhas de esquerda do país, as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o ELN (Exército de Libertação Nacional).

Diálogo

O governo do presidente Alvaro Uribe e as AUC mantêm desde o começo do ano diálogos preliminares visando iniciar um processo de paz que deveria ser concluído com a desmobilização de cerca de 10 mil paramilitares.

Porém, importantes esquadrões que operam no Departamento (Estado) de Antioquia e na fronteira noroeste com o Panamá se negam a participar da mesa.

Os Estados Unidos consideram as AUC terroristas e narcotraficantes, assim como os rebeldes das Farc (17 mil efetivos) e do ELN (4.000), que se negam a aceitar um plano de paz governamental.

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