Gabão reabre fronteiras após morte de presidente

As autoridades do Gabão reabriram nesta terça-feira as fronteiras terrestres, marítimas e aéreas do país que haviam sido fechadas na segunda-feira poucas horas depois de ter sido anunciada a morte do presidente Omar Bongo Ondimba.

Um comunicado do Ministério da Defesa, transmitido pela emissora de TV estatal, assinalou, no entanto, que estão mantidas as demais medidas relacionadas "à segurança de pessoas e propriedades".

O anúncio da morte de Bongo despertou um sentimento de angústia em muitos habitantes da capital Libreville, que invadiram os mercados e reabasteceram seus carros por temor de uma possível escassez de combustível e comida.

Alguns escritórios públicos foram abandonados por causa do medo de funcionários de que a morte do presidente gerasse episódios de violência.

Junto com o fechamento das fronteiras, o Ministério da Defesa do Gabão anunciou a entrada em alerta e o envio às ruas das Forças Armadas e de Segurança, mas nenhum incidente foi registrado em Libreville.

Interina

A Corte Constitucional do Gabão confiou nesta terça-feira as funções de chefe de Estado à presidente do Senado, Rose Francine Rogombé.

Pela Constituição, a jurista de 66 anos se encarregará de organizar as eleições presidenciais em um prazo de 45 dias.

Integrante do Partido Democrático Gabonês (PDG, fundado por Bongo), ela foi eleita presidente do Senado em 16 de fevereiro para um mandato de seis anos, tornando-se a primeira mulher dirigente de uma instituição parlamentar no país.

Ela já ocupou o cargo de secretária de Estado para a Promoção da Mulher e dos Direitos Humanos em governos dirigidos por Leon Mebiame, que foi primeiro-ministro durante 15 anos (1975-1990).

Com Efe e France Press