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China pede que EUA não enviem presos de Guantánamo a outros países
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da Efe, em Pequim
O governo da China pediu nesta quinta-feira aos Estados Unidos que parem com "o envio de suspeitos terroristas a outros países" e reivindicou a extradição à Pequim de 17 supostos terroristas detidos em Guantánamo, um dia depois de Washington decidir que eles seriam enviados à remota nação insulana de Palau.
Segundo o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores chinês, Qin Gang, o governo americano deve "parar e extraditá-los à China em um breve prazo".
Qin disse que Pequim manteve uma oposição "clara e persistente" a qualquer tipo de acordo que não seja o envio à China dos 17 homens.
"A China se opõe a que qualquer país receba estes terroristas", acrescentou o porta-voz, lembrando que eles pertencem ao Movimento Islâmico de Libertação do Turquestão Oriental, uma organização considerada terrorista por Pequim.
Este grupo reivindica a independência da região ocidental de Xinjiang, antes dominada por muçulmanos descendentes dos turcomanos e que conta com grandes reservas de recursos naturais.
O presidente de Palau, Johnson Toribiong, disse nesta quarta-feira que é um gesto humanitário para evitar que os reclusos sejam devolvidos à China após o fechamento da prisão de Guantánamo, em Cuba.
"Queremos ajudá-los a que possam retomar suas vidas com a maior normalidade possível", argumentou Toribiong, em uma nota oficial.
Palau é uma pequena república insulana de apenas 20 mil habitantes situada 800 quilômetros ao leste das Filipinas, no Pacífico Sul, e que vive fundamentalmente do turismo, após conseguir em 1994 sua independência formal dos Estados Unidos.
Além disso, é um dos 23 países no mundo que ainda mantém contatos diplomáticos com Taiwan, o que impossibilita as relações bilaterais com a China, já que Pequim não reconhece a ilha como um Estado soberano.
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