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13/06/2009 - 10h58

Iraque culpa Al Qaeda pela morte de parlamentar sunita

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colaboração para a Folha Online

O Ministério do Interior do Iraque culpou neste sábado a rede terrorista Al Qaeda pelo assassinato de um importante parlamentar sunita, ocorrido nesta sexta-feira.

Harith al Obeidi foi morto no oeste de Bagdá após a tradicional oração de sexta-feira. Ele foi atacado dentro do templo enquanto cumprimentava outros fiéis que estavam ao redor.

Um adolescente de 15 anos atirou contra o deputado e depois detonou uma granada de mão, matando ao menos outras cinco pessoas e ferindo 12.

Reuters
Parentes olham caixão de Harith al Obeidi e de seu cunhado, mortos em ataque em Bagdá
Parentes olham caixão de Harith al Obeidi e de seu cunhado, mortos em ataque em Bagdá

O porta-voz do Ministério do Interior, major general Abdul Karim Khalaf, afirmou à agência de notícias Associated Press que as evidências indicam que a Al Qaeda no Iraque está por trás do assassinato. Mas ele se negou a detalhar mais informações sobre a investigação.

O ataque, realizado em plena luz do dia em uma área com forte presença de forças de segurança, levantou preocupações sobre as habilidades do Iraque de manter a segurança depois que os EUA deixarem as cidades iraquianas no final deste mês.

O funeral de Obeide, líder do bloco sunita no Parlamento iraquiano e advogado de direitos humanos, foi o primeiro funeral de Estado realizado pelo governo do país desde a invasão comandada pelos Estados Unidos em 2003.

Na cerimônia deste sábado, políticos xiitas e sunitas disseram que o assassinato foi o último episódio de uma série de ataques que tem o objetivo de reavivar a violência sectária antes das eleições nacionais marcadas para o início de 2010.

O deputado xiita Jalaluddin al Saghir pediu aos iraquianos que se unam contra o ressurgimento da violência, que caiu drasticamente nos últimos dois anos.

"Eles [os terroristas] pensam que podem atrapalhar o processo eleitoral e aqueles que o apoiam", disse, durante uma sessão especial do parlamento após o funeral.

"Temos que melhorar as forças de segurança e trabalhar para reforçá-las para tornar impossível a esses assassinos e criminosos nos levar de volta a um quadro de guerras civis e sectárias", completou.

Harith al Obeidi, de 47 anos, lutava pelos direitos de prisioneiros e era o centro de um caloroso debate parlamentar sobre tortura nas prisões iraquianas. Ele era conhecido por ter defendido tanto sunitas quanto xiitas.

Colegas disseram que, um dia antes de sua morte, Obeidi pediu ao Parlamento para convocar funcionários dos ministérios do Interior e da Defesa que fiscalizam as prisões. O fato levantou suspeitas de que o assassinato pode estar ligado à sua campanha em favor dos presos.

Com Associated Press e Reuters

 

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