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16/06/2009 - 10h41

Medvedev ignora polêmica e defende cooperação ao lado de Ahmadinejad

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da Efe, em Moscou

Alheios aos protestos em massa pela eleição iraniana, os presidentes da Rússia, Dmitri Medvedev, e do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, se encontraram brevemente nesta terça-feira em uma reunião na qual decidiram "continuar a cooperação em matéria econômica e humanitária".

Segundo Natalia Timakova, porta-voz do presidente russo, citada pela agência oficial RIA Novosti, o encontro foi breve e os dois presidentes nem ao menos sentaram.

Mais cedo, Moscou informou que Medvedev tinha cancelado a reunião bilateral que realizaria com Ahmadinejad devido à "agenda apertada" da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, em inglês) --que acontece na Rússia e reúne líderes da China e quatro ex-repúblicas soviéticas.

Vladimir Rodionov/AP
Presidente russo, Dmitri Medvedev (dir.), se encontra brevemente com o colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad
Presidente russo, Dmitri Medvedev (dir.), se encontra brevemente com o colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad

Medvedev deve ir também à primeira cúpula formal do grupo Bric, formado por Brasil, Rússia, Índia e China, explicou a delegação russa.

Ahmadinejad participa da cúpula da SCO realizada na cidade russa de Yekaterinburg, nos Urais, na qualidade de observador, junto aos presidentes do Afeganistão e do Paquistão, ao primeiro-ministro da Índia e a um enviado da Mongólia.

O líder iraniano, que faz as gestões para a entrada formal do Irã na SCO, tinha previsto inicialmente chegar nesta segunda-feira a Yekaterinburg, mas adiou a visita "por razões pessoais", segundo fontes diplomáticas russas.

Silêncio

Contrariando a pressão internacional por uma investigação sobre suposta fraude nas eleições iranianas, a Rússia parabenizou o presidente reeleito pela vitória.

A Chancelaria russa não fez declarações oficiais sobre as eleições no Irã. O vice-ministro de Relações Exteriores, Serguei Riabkov, afirmou nesta terça-feira que o pleito é "um assunto interno do povo iraniano".

"Aprovamos a realização destas eleições e damos as boas-vindas ao reeleito presidente do Irã na terra russa", disse Riabkov durante uma entrevista coletiva em Yekaterinburg.

A visita de Ahmadinejad à cidade russa "reflete as relações de boa vizinhança e tradicionalmente amistosas entre Moscou e Teerã", afirmou o diplomata, segundo a agência RIA Novosti.

"É simbólico que sua primeira visita ao exterior após ser reeleito seja realizada à Rússia", acrescentou.

Império

Ahmadinejad aproveitou a chance diante das câmeras para criticar os Estados Unidos e declarou nesta terça-feira que "a época dos impérios terminou".

Ele afirmou ainda que é imprescindível elaborar novos mecanismos e estruturas políticas e econômicas internacionais.

"É evidente que a época dos impérios terminou e que jamais renascerão", disse Ahmadinejad, que criticou o atual sistema político-econômico mundial como antiquado.

"O Iraque segue ocupado, no Afeganistão reina e se propaga a falta de ordem, o problema palestino segue sem solução, enquanto os Estados Unidos estão imersos em crises econômicas e políticas, sem sinais de solução, e seus aliados também não podem resolver estes problemas", manifestou.

Comentários dos leitores
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Eu não duvido de nada, se os EUA em alguns anos, implantarem algumas bases de mísseis de longo alcance no Iraque, pois estão lá e tem mais de 100 mil soldados, agora lógico. A Russia esta fazendo o mesmo apoio ao Irã, Pra ser mais exato, a guerra fria ainda não acabou só mudou de época. Lógico com vantagem dos EUA, mas a Russia tem seus prô e contras, ainda tem tecnologia suficiente e possui o maior arsenal de bombas atômicas. EUA estão no paquistão não para combater o Taliban, estão presentes numa região que demanda conflitos eternos, e que sempre terá um para vender armas, e tecnologia. Sabemos de praxe Srs (as) que guerras são grande negócios, em valores astronômicos. Antes não se dava ênfase á aquela região, hoje em dia a região é estratégica para as super potencias, envolve muito dinheiro e conflitos a vista. Por isso tanto interesse e tanta movimentação bélica. sem opinião
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J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
RU treina soldados iraquianos para proteger seus poços de petróleo.
"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
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J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
Alguns não querem que o Brasil se aproxime do Irã, outros não querem que se aproxime do criminoso Israel, porém lembrem-se que estão num país que não tem rabo preso. O presidente do Irã virá, o ministro de Israel, Kadafi, Obama. Isso é liberdade e autodeterminação. De que adianta essa panacéia com relação ao mundo árabe? Nada. 1 opinião
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