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16/06/2009 - 15h12

Otan reconhece estratégia equivocada no Afeganistão

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da Folha Online

O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jaap de Hoop Scheffer, reconheceu que a estratégia da aliança militar no Afeganistão foi equivocada já que a responsabilidade individual dos países sobre determinadas regiões afegãs não favoreceu a cooperação internacional no combate aos movimentos terroristas.

"Todos os países pensam que são campeões em reconstrução, mas isso não estimulou a cooperação internacional de verdade, tanto militar como civil, e, inclusive, prejudicou em algumas ocasiões", disse Scheffer, em entrevista publicada pela revista holandesa "Vrij Nederland".

O secretário-geral da Otan, que deixará o cargo no próximo dia 31 de julho, admitiu que "visto o que aconteceu agora, teria escolhido uma combinação de esforço militar e reconstrução mais forte".

Em 2008, o Afeganistão viveu o ano mais violento desde a chegada da coalizão americana, em 2001. Atingido por violentos ataques e um governo enfraquecido, o país receberá este ano um esforço renovado e ampliado do governo americano na tentativa de combater permanentemente a influência do grupo islâmico radical Taleban.

Em um encontro em Bruxelas na semana passada, os ministros da Otan apoiaram a estratégia americana para o Afeganistão. Os EUA aumentaram a presença militar no país de 32 mil para 56 mil soldados no fim de 2008 e espera um novo aumento para 68 mil até o fim do ano.

Este número se soma a 33 mil soldados da Otan e outros países parceiros.

Scheffer, ex-ministro de Relações Exteriores holandês, negou que sua eleição para a Otan, acordada em 2003 e efetivada em 2004, foi uma recompensa pelo apoio holandês à invasão do Iraque em 2003.

"Isso é um despropósito (...) e sua mera sugestão ataca minha integridade", afirmou.

Ajuda

A Itália anunciou nesta terça-feira que enviará mais 400 militares ao Afeganistão para reforçar seu contingente nesse país, frente às eleições presidenciais de agosto.

O ministro de Defesa italiano, Ignazio La Russa, informou no Parlamento que esses militares se somarão aos 2.800 soldados já deslocados no Afeganistão. Eles devem ficar no país até setembro ou outubro deste ano, para reforçar a segurança nacional durante as eleições.

La Russa afirmou também que o governo autorizou o envio de dois aviões Tornado assim que estiver preparada a base de Herat, onde se encontra o contingente italiano, e dois aviões de transporte Hércules C130 ou Alenia C27J e três helicópteros para retirada médica.

O ministro da Defesa anunciou que a Itália mandará outros 56 carabineiros (polícia militarizada) para completar e reforçar o adestramento dos agentes afegãos e que o número de carabineiros deve aumentar nos próximos meses até chegar aos 200.

Com Efe

Comentários dos leitores
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
Nao irá demorar , como alguns já disseram, o povo afegao irá perceber a ameaça....os interesses dos EUA E ALIADOS nao passa de interesses economicos num pais governado por corrupto e 'súdito dos BUSH. Obama demonstrou no seu nobel da paz a sua preferencia pela guerra. ORWEL estaria dando risadas pela contradicao que estamos assistindo no mundo. O premio da paz, faz e defende a guerra. E com certeza teremos insurgencias dos soldados afegaos para o combate contra o invansor. O episódio nao foi um incidente... foi um revide. Em breve teremos um reviravolta do povo afegao. Teremos muitas insurgencias das tropas para defender o pais do invasores... é só esperar para ver...está saindo do controle.... sem opinião
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Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Gostaria de aproveitar esta notícia para parabenizar o tão respeitado prêmio Nobel, por conceder um prêmio Nobel da Paz a uma pessoa que um mês depois de receber o prêmio envia mais 30.000 soldados ao Afeganistão e agora quer mais US$ 163 bilhoes (R$308 bilhoes) para fazer guerra.
O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
26 opiniões
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Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
E viva a alta tecnologia!.Será que os pretensos "donos do mundo" ,que se dizem tão evoluídos.não conseguem identificar quem é quem no campo de batalha?. O "fogo amigo" não é raro em áreas que os U.S.A atuam,bastar acompanhar os noticiários,estão longe de ser o que apresentam nos filmes, para iludir os tolos de cabeça fraca. Vão perder essa guerra,a do iraque e terão de botar o rabo entre as pernas e cuidar de seus próprios assuntos.Essa de "xerife do mundo" não é mais viável, essas guerras e intervenções a tempos vêm exaurindo o país - e seus contribuintes (manipulados pelo governo mentiroso) - a derrocada é inevitável.Até o próximo século as coisas serão bem diferentes,espero para melhor. Os U.S.A quiseram ser uma nova Roma,mas não conseguiram e nunca conseguirão seu intento. Falando em Roma,esse império governou por 1.000 anos e os U.S.A?. 55 opiniões
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