Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/06/2003 - 20h06

Kirchner quer regularizar Pami, maior obra social da Argentina

da France Presse, em Buenos Aires

O presidente Néstor Kirchner decidiu avançar a todo custo na regularização da maior obra social da Argentina, o Programa de Ajuda Mútua Integral (Pami). A obra é considerada historicamente um foco de corrupção por causa do enorme volume de fundos que administra, informou hoje uma fonte do governo argentino.

Reuters
Néstor Kirchner, presidente da Argentina
O Pami é administrado pelo Instituto Nacional de Serviços Sociais para Aposentados e Pensionistas (INSSJP), um organismo autônomo do Estado, que foi normalizado há seis meses, durante o governo do ex-presidente Eduardo Duhalde (2002-2003).

Kirchner teria dito, segundo uma fonte governamental que pediu anonimato, que é preciso esgotar todas as instâncias legais para normalizar o Pami. No entanto, ele deixou claro que, se não conseguisse uma saída rápida para o conflito interno no Pami, não duvidaria em intervir na obra social, segundo a fonte.

O Pami administra fundos anuais de cerca de 2 bilhões de pesos (US$ 709 milhões) e beneficia 3,5 milhões de aposentados e pensionistas.

Crise

Kirchner afastou 44 oficiais superiores da cúpula das forças armadas e exonerou policiais, além de pedir ao Congresso para tomar decisões contra a tão criticada Corte Suprema.

Segundo a fonte, o presidente instruiu seus funcionários para que procurem resolver esta crise da maneira mais rápida e eficaz, mas não hesitará um instante em intervir, no caso de a solução não acontecer rapidamente.

Numa nova mostra de poder, o presidente exonerou há alguns dias dois membros do Executivo no diretório do PAMI, entre eles o presidente, e nomeou duas pessoas de sua confiança.

Disputa

Uma frente de batalha foi aberta entre os representantes do governo e dois diretores de sindicatos, Domingo Petrecca (empregados de cemitérios) e Reinaldo Hermoso (empregados químicos), nomeados pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), a maior central operária, controlada pelo peronismo.

Os homens de origem sindical estão alinhados com o polêmico senador peronista Luis Barrionuevo, inimigo de Kirchner no partido justicialista, atualmente no poder.

O presidente avaliou hoje o conflito numa reunião com o ministro da Saúde, Ginés González García, e o presidente e o diretor nomeados do Pami, Juan González Gaviola e José Granero, respectivamente.

Sete dos 11 diretores do Pami foram eleitos com os votos dos aposentados. Dos outros quatro membros do Diretório, dois são nomeados pela CGT, e dois pelo Executivo, um dos quais exerce a presidência.

Especial
  • Saiba mais sobre as eleições na Argentina
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página