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Comitê de opositor aponta fraudes e pede "comissão da verdade" no Irã
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colaboração para Folha Online
O comitê de campanha do líder da oposição iraniana Mir Hossein Mousavi denunciou nesta terça-feira, em relatório, as fraudes e as irregularidades que teriam sido cometidas durante as eleições presidenciais, exigindo a criação de uma "comissão da verdade" para reexaminar o processo eleitoral.
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Até agora, os protestos e confrontos no Irã deixaram pelo menos 20 mortos entre os manifestantes que foram às ruas no maior desafio à autoridade do regime do país desde a revolução islâmica, em 1979.
Em comunicado de três páginas no Kalemeh, o site do candidato, o "comitê pela proteção dos votos" de Mousavi apresenta uma lista de suas principais queixas contra o processo eleitoral.
Em vista das suspeitas sobre a legitimidade do pleito, o comitê pede a criação de uma "comissão da verdade [...], aceita por todas as partes para examinar todo o processo eleitoral".
O relatório denuncia, principalmente, a "utilização em larga escala da máquina do governo em favor de seu candidato", o atual presidente Mahmoud Ahmadinejad, considerado pelo Ministério do Interior o vencedor das eleições de 12 de junho com 63% dos votos.
Critica, também, a escolha dos membros das comissões encarregadas de organizar as eleições, selecionados entre os partidários de Ahmadinejad.
"Cédulas eleitorais foram impressas na noite da eleição sem número de série, o que é um fato sem precedente na história do país", destaca o relatório. Cita, também, a fabricação de "2,5 vezes mais carimbos para validar os votos [...] o que pode favorecer as fraudes".
Segundo o comitê, os representantes dos candidatos foram também impedidos, por diversos motivos, de estarem presentes nas seções eleitorais para acompanhar o processo. Denuncia, também, a interrupção da transmissão das redes de SMS, que permitiriam aos representantes de Mousavi alertar sobre eventuais irregularidades.
O comitê emite "sérias dúvidas" sobre se as urnas estavam de fato vazias antes de serem enviadas às seções eleitorais. Explica que os representantes dos candidatos não estavam presentes quando foram seladas.
À tarde, o comitê de campanha anunciou que ia publicar em breve um relatório "completo" sobre a "fraude e as irregularidades" cometidas durante a votação.
Apesar de ter admitido que em 50 cidades houve mais votos que eleitores, o organismo responsável por ratificar a eleição excluiu nesta terça-feira a possibilidade de anulação da eleição e anunciou que o novo presidente e seu governo tomarão posse entre 26 de julho e 19 de agosto.
"Durante a recente eleição presidencial, não constatamos nenhuma fraude ou infração maior. Por consequência, não há possibilidade de uma anulação" do pleito, declarou Abbas Ali Kadkhodaie, porta-voz do Conselho dos Guardiães, misto de Senado e tribunal superior.
O Conselho, no entanto, pediu e obteve do guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, um prazo de cinco dias suplementares para examinar as queixas apresentadas pelos candidatos que contestam a reeleição de Ahmadinejad. O Conselho tinha inicialmente um prazo até quarta-feira para estudar as contestações.
Com Efe
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"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
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