Publicidade
Publicidade
Aiatolá dissidente alerta que repressão pode derrubar governo do Irã
Publicidade
da Folha Online
O grande aiatolá dissidente Hosein Ali Montazeri, uma das principais figuras religiosas da oposição do Irã, advertiu nesta quinta-feira que se a repressão às manifestações pacíficas da oposição no Irã prosseguir, a situação pode provocar a queda do governo.
"Se o povo iraniano não puder reivindicar seus direitos legítimos em manifestações pacíficas e for reprimido, o aumento da frustração pode eventualmente destruir os cimentos de qualquer governo, por mais forte que seja", afirma o grande aiatolá em um comunicado.
Conheça os indícios da suposta fraude na eleição
Líder supremo está acima do presidente; entenda
Golpe e revolução marcam o último século no Irã
Correntes alternam-se na Presidência desde 1979
Montazeri, que ocupa a maior hierarquia no clero xiita iraniano, também pediu aos iranianos que rejeitam a legitimidade da reeleição do presidente ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad que mantenham os protestos.
O grande aiatolá foi um dos primeiros a criticar com veemência o governo e as eleições presidenciais de 12 de junho.
"Infelizmente esta excelente oportunidade tem sido utilizada da pior maneira", afirmou o clérigo quatro dias depois da votação, ao descrever a esmagadora vitória do presidente ultraconservador como "algo que nenhuma mente sã pode aceitar".
Na ocasião, também condenou a violência e a repressão das manifestações.
O grande aiatolá foi um dos principais candidatos a sucessor do fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini. Contudo, foi condenado a cinco anos de prisão domiciliar pelas críticas ao poder quase ilimitado dos aiatolás.
Montazeri também pediu nesta quinta-feira ao governo a criação de uma comissão imparcial com total autoridade para encontrar uma saída aceitável à eleição, denunciada como fraudulenta pelos candidatos derrotados.
A declaração foi vista como um desafio ao Conselho de Guardiães, uma instituição ligada ao líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, responsável por examinar as demandas relacionadas às eleições. O Conselho já anunciou que vai validar os resultados, após constatar fraude em ao menos 3 milhões de votos em uma recontagem parcial.
Mir Hossein Moussavi, principal adversário de Ahmadinejad nas eleições, foi o primeiro a pedir a criação de uma comissão independente.
Pressão
A repressão às manifestações e a forte presença da polícia e da milícia islâmica Basij, ligada à Guarda Revolucionária, levou a oposição iraniana começa a ceder e cancelar o protesto marcado para esta quinta-feira na frente do Parlamento do país.
Mousavi, denunciou também nesta quinta-feira que sofre forte pressão para retirar seu pedido anulação do pleito.
"Recentes pressões pretendem que abandone minha demanda de anulação da eleição", afirma Mousavi em uma mensagem publicada em seu site --último recurso para que mostre sua visão da maior crise política do Irã desde a Revolução Islâmica de 1979, diante da censura sobre meios de comunicação estrangeiros e a Internet.
Mousavi argumenta que houve fraude na eleição que, segundo os resultados oficiais, reelegeu Ahmadinejad com cerca de 63% dos votos, contra 34% do reformista.
O Parlamento já anunciou que o presidente e seus ministros tomarão posse entre 26 de julho e 19 de agosto.
Com France Presse
Leia mais notícias sobre a eleição iraniana
- China reforça laços com Irã e inibe retaliação
- Triunfo real de Ahmadinejad não está descartado com crise no Irã
- Líder da oposição e aiatolá aliado reúnem-se com deputados no Irã
Veja outras notícias internacionais
- Eleição em Buenos Aires vira prévia da oposição para 2011
- Menina britânica desaparecida é encontrada dormindo dentro de mala
- Japão confirma milésimo caso da gripe suína do país
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
avalie fechar
avalie fechar