Publicidade
Publicidade
Vizinhos dizem que família de iraniana morta em protesto foi expulsa de casa
Publicidade
da Folha Online
As autoridades iranianas expulsaram a família de Neda Agha Soltan, iraniana morta com um tiro no peito durante protesto da oposição, de sua casa em Teerã.
Segundo vizinhos citados pelo jornal "The Guardian", a expulsão foi em retaliação à divulgação de sua morte em um vídeo que circulou o mundo como símbolo da repressão violenta do governo aos manifestantes que protestam pela suposta fraude na reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad.
Reuters |
Foto mostra a iraniana Neda Agha Soltani, morta com um tiro no peito |
Segundo os vizinhos, a família não vive mais no apartamento no oeste da capital iraniana já que foram forçados a deixar o local após a morte de Neda, filmada por um outro manifestante.
As imagens são fortes e se transformaram em símbolo da opressão das forças de segurança aos protestos, que ocupam há dez dias as ruas da capital Teerã.
A família de Neda, seguindo a tradição persa, colocou um aviso de luto e uma faixa preta no prédio. Segundo os vizinhos, ambos foram retirados.
No dia seguinte, a polícia ordenou que deixassem o prédio. Desde então, os vizinhos recebem ligações alertando para que não discutam a morte de Neda com qualquer um e nem participem dos protestos.
Engano
Nesta quarta-feira, as autoridades iranianas citadas pela agência Irna afirmaram que os atiradores que mataram a iraniana Neda podem tê-la confundido com a irmã de um terrorista do país.
As autoridades iranianas rejeitam a denúncia de que milicianos Basij, ligados à Guarda Revolucionária, foram os responsáveis pela morte da mulher e culpam "s grupos que querem criar uma divisão na nação".
Segundo o governo, a morte de Neda, considerada mártir da liberdade política no regime teocrático iraniano, foi planejada para "acusar o Irã de lidar de maneira violenta com a oposição".
A agência afirma ainda que uma investigação sobre a morte de Neda foi iniciada, "mas, de acordo com as evidências obtidas até o momento, pode se dizer que ela foi morta por um erro".
Segundo a rede de televisão CNN, os atiradores teriam confundido Neda com a irmã de um Monafeghin, integrante da Organização Mujahedin do Povo do Irã, que promove um governo marxista e secular para o país. O grupo é responsável por uma campanha violenta contra o regime fundamentalista iraniano que já matou políticos, juízes e membros do gabinete.
A União Europeia retirou o grupo da lista de organizações terroristas neste ano, causando ultraje de Teerã, que acusou os europeus de "fazer amigos e cooperar com terroristas".
A agência Irna afirma ainda que os responsáveis pela morte de Neda podem ter achado que mataram um dos oposicionistas e "por isso distribuíram imediatamente o vídeo da morte na mídia oficial e não oficial para alcançar seus objetivos assassinos contra o governo iraniano e a revolução".
Leia mais notícias sobre a eleição iraniana
- Estatísticas apontam indícios de fraude na eleição iraniana
- Oposição critica intervenção estrangeira e denuncia pressão do governo do Irã
- Ahmadinejad endurece críticas e compara Obama a Bush
Veja outras notícias internacionais
- Milicianos amputam pé e mão de condenados a roubo na Somália
- Obama elogia luta e pede libertação de dissidentes cubanos
- Alemanha deve ratificar tratado sobre uso de bombas de fragmentação
Especial
- Leia cobertura completa da eleição iraniana
- Navegue no melhor roteiro de cultura e diversão da internet
livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
avalie fechar
avalie fechar