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25/06/2009 - 12h19

Vizinhos dizem que família de iraniana morta em protesto foi expulsa de casa

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da Folha Online

As autoridades iranianas expulsaram a família de Neda Agha Soltan, iraniana morta com um tiro no peito durante protesto da oposição, de sua casa em Teerã.

Segundo vizinhos citados pelo jornal "The Guardian", a expulsão foi em retaliação à divulgação de sua morte em um vídeo que circulou o mundo como símbolo da repressão violenta do governo aos manifestantes que protestam pela suposta fraude na reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Reuters
Foto mostra a iraniana Neda Agha Soltani, morta com um tiro no peito
Foto mostra a iraniana Neda Agha Soltani, morta com um tiro no peito

Segundo os vizinhos, a família não vive mais no apartamento no oeste da capital iraniana já que foram forçados a deixar o local após a morte de Neda, filmada por um outro manifestante.

As imagens são fortes e se transformaram em símbolo da opressão das forças de segurança aos protestos, que ocupam há dez dias as ruas da capital Teerã.

Veja o vídeo da morte de Neda

A família de Neda, seguindo a tradição persa, colocou um aviso de luto e uma faixa preta no prédio. Segundo os vizinhos, ambos foram retirados.

No dia seguinte, a polícia ordenou que deixassem o prédio. Desde então, os vizinhos recebem ligações alertando para que não discutam a morte de Neda com qualquer um e nem participem dos protestos.

Engano

Nesta quarta-feira, as autoridades iranianas citadas pela agência Irna afirmaram que os atiradores que mataram a iraniana Neda podem tê-la confundido com a irmã de um terrorista do país.

As autoridades iranianas rejeitam a denúncia de que milicianos Basij, ligados à Guarda Revolucionária, foram os responsáveis pela morte da mulher e culpam "s grupos que querem criar uma divisão na nação".

Segundo o governo, a morte de Neda, considerada mártir da liberdade política no regime teocrático iraniano, foi planejada para "acusar o Irã de lidar de maneira violenta com a oposição".

A agência afirma ainda que uma investigação sobre a morte de Neda foi iniciada, "mas, de acordo com as evidências obtidas até o momento, pode se dizer que ela foi morta por um erro".

Segundo a rede de televisão CNN, os atiradores teriam confundido Neda com a irmã de um Monafeghin, integrante da Organização Mujahedin do Povo do Irã, que promove um governo marxista e secular para o país. O grupo é responsável por uma campanha violenta contra o regime fundamentalista iraniano que já matou políticos, juízes e membros do gabinete.

A União Europeia retirou o grupo da lista de organizações terroristas neste ano, causando ultraje de Teerã, que acusou os europeus de "fazer amigos e cooperar com terroristas".

A agência Irna afirma ainda que os responsáveis pela morte de Neda podem ter achado que mataram um dos oposicionistas e "por isso distribuíram imediatamente o vídeo da morte na mídia oficial e não oficial para alcançar seus objetivos assassinos contra o governo iraniano e a revolução".

Comentários dos leitores
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Eu não duvido de nada, se os EUA em alguns anos, implantarem algumas bases de mísseis de longo alcance no Iraque, pois estão lá e tem mais de 100 mil soldados, agora lógico. A Russia esta fazendo o mesmo apoio ao Irã, Pra ser mais exato, a guerra fria ainda não acabou só mudou de época. Lógico com vantagem dos EUA, mas a Russia tem seus prô e contras, ainda tem tecnologia suficiente e possui o maior arsenal de bombas atômicas. EUA estão no paquistão não para combater o Taliban, estão presentes numa região que demanda conflitos eternos, e que sempre terá um para vender armas, e tecnologia. Sabemos de praxe Srs (as) que guerras são grande negócios, em valores astronômicos. Antes não se dava ênfase á aquela região, hoje em dia a região é estratégica para as super potencias, envolve muito dinheiro e conflitos a vista. Por isso tanto interesse e tanta movimentação bélica. sem opinião
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J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
RU treina soldados iraquianos para proteger seus poços de petróleo.
"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
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J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
Alguns não querem que o Brasil se aproxime do Irã, outros não querem que se aproxime do criminoso Israel, porém lembrem-se que estão num país que não tem rabo preso. O presidente do Irã virá, o ministro de Israel, Kadafi, Obama. Isso é liberdade e autodeterminação. De que adianta essa panacéia com relação ao mundo árabe? Nada. 1 opinião
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