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Polícia do Irã diz que 20 morreram e mais de mil foram presos em protestos
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da Folha Online
A polícia iraniana divulgou nesta quarta-feira os números oficiais sobre as vítimas das manifestações em massa que ocuparam por quase duas semanas as ruas da capital Teerã em protesto pela fraude na reeleição do presidente ultraconservador, Mahmoud Ahmadinejad. Segundo a polícia, 2o pessoas morreram, mais de 500 policiais ficaram feridos e 1.032 pessoas foram presas.
"A polícia prendeu 1.032 pessoas nos recentes protestos em Teerã. Muitas delas foram liberadas e as outras estão submetidas a uma investigação dos tribunais público e revolucionário", afirmou Ismail Ahmadi Moghaddam, chefe da polícia, citado pela agência Fars.
"Nenhum policial morreu nos distúrbios em Teerã, mas 20 rebeldes morreram", acrescentou.
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Até esta quarta-feira, as autoridades iranianas citavam 17 mortos nas manifestações na capital. O canal público Press-TV informava 20 mortes, incluindo oito membros da milícia islâmica Basij, ligada à Guarda Revolucionária.
A Liga Iraniana dos Direitos Humanos, que tem sede em Paris, calculou que 2.000 pessoas haviam sido detidas nas manifestações, incluindo professores, jornalistas, estudantes, líderes da oposição e manifestantes.
Os adversários de Ahmadinejad nas eleições presidenciais de 12 de junho questionaram a regularidade da reeleição e acusaram as autoridades de fraude em grande escala. O Conselho de Guardiães, órgão responsável por ratificar o resultado do pleito, confirmou na segunda-feira (29) a reeleição do presidente e afirmou que a fraude constatada na recontagem parcial dos votos, ao menos 3 milhões de votos irregulares, não era suficiente para anular a reeleição de Ahmadinejad.
A última manifestação da oposição contra os resultados da eleição de 12 de junho aconteceu no domingo passado (28). Muitos analistas afirmavam que os protestos eram realizados para o público estrangeiro e não teriam efeito dentro da teocracia iraniana.
Com agências internacionais
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