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Para Simon Schama, eleições no Irã representam "o começo do fim"
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SARA UHELSKI
da Folha Online
Durante a sabatina promovida pela Folha na tarde desta segunda-feira (6), o historiador britânico Simon Schama afirmou não saber o que irá acontecer com o Irã após a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad, mas que ela representa "o começo do fim".
O ultraconservador Ahmadinejad foi reeleito em pleito do dia 12 de junho passado, com cerca de 63% dos votos contra 34% do principal candidato da oposição, Mir Hossein Mousavi.
A votação foi seguida por semanas de fortes protestos da oposição por fraude. Os protestos, enfrentados com violência pela polícia e a milícia Basij, ligada à Guarda Revolucionária, deixaram ao menos 20 mortos, dezenas de feridos e centenas de presos.
O Conselho dos Guardiães do Irã, órgão responsável por ratificar o resultado do pleito, aceitou fazer uma recontagem parcial dos votos para acalmar a oposição, mas confirmou a reeleição de Ahmadinejad depois de afirmar que a fraude em cerca de 3 milhões de votos não era suficiente para mudar o resultado das urnas.
"Será que este regime tem um leve cheiro de morte? Sim, e acho que em sete anos vamos ver isso", disse Schama.
No evento, o historiador responde perguntas de Sylvia Colombo, editora da Ilustrada, Rodrigo Rötzsch, editor de Mundo, Claudia Antunes e Rafael Cariello, repórteres da Folha, e da plateia presente no auditório do Teatro Folha.
"Todos vimos o que aconteceu nas ruas [do Irã]. O regime em si irá se deslegitilimizar. Aposto com vocês que o que aconteceu lá foi o começo do fim", afirmou Schama.
Para o historiador, Barack Obama foi um tanto "leve" ao lidar com o resultado das eleições e com as manifestações no Irã. "Ele poderia afirmar que os Estados Unidos respeitam questões religiosas, mas que não concordavam com o que estava acontecendo lá", disse.
O governo dos EUA condenou a violência excessiva na repressão dos manifestos, mas reiterou inúmeras vezes que não se intrometeria em temas internos e evitou confirmar as denúncias da oposição de fraude. Mesmo assim, Teerã adotou um velho discurso acusando a comunidade internacional --principalmente EUA e Reino Unido-- pelos distúrbios nas ruas da capital.
Durante a sabatina, o historiador também afirmou que as acusações de que os Estados Unidos estariam por trás da censura aos jornalistas que cobriam as eleições no Irã já eram previsíveis. "De qualquer forma iriam falar que foi tudo armado pelos EUA, que tiraram a [rede de TV] CNN com ajuda dos Estados Unidos e da CIA", disse.
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"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
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