Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
15/07/2003 - 23h25

Paramilitares colombianos anunciam desmobilização total até 2005

da France Presse, em Bogotá

As forças paramilitares Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) vão desmobilizar todos os seus integrantes num processo que começará no final deste ano e terminará, no máximo, em 31 de dezembro de 2005, informou hoje uma nota conjunta divulgada pelo governo e pelo grupo armado ilegal.

''As Autodefesas Unidas da Colômbia se comprometem a desmobilizar a totalidade de seus membros, em um processo gradual que começará com as primeiras desmobilizações antes de terminar o ano corrente e que deverá terminar, no mais tardar, em 31 de dezembro de 2005'', ressaltaram as partes envolvidas.

O comunicado, chamado de ''Acordo de Santa Fé de Ralito para Contribuir para a Paz da Colômbia'', acrescenta que ''o governo se compromete a adiantar as ações necessárias para reincorporar [as AUC] à vida civil''.

O grupo e o governo do presidente Alvaro Uribe se comprometeram a criar as condições que permitam concentrar, com as devidas garantias de segurança, os membros das AUC em locais previamente acordados, com a presença permanente da força pública.

As AUC ratificaram no documento de 10 pontos ''seu compromisso com o cumprimento do fim das hostilidades, como expressão de boa vontade'', e garantiram que ''continuarão com seus esforços para conseguir que seja totalmente efetivo''.

O grupo armado ilegal, com mais de 10 mil combatentes, destacou que compartilha ''o propósito do governo de uma Colômbia sem narcotráfico'' e anunciou seu apoio ''às ações do Estado colombiano contra este fenômeno que destrói a democracia, a convivência, a economia e o meio ambiente''.

No documento, divulgado pela Agência de Notícias da Presidência da República, as AUC pediram à comunidade internacional ''que apóiem os esforços para defender e fortalecer a democracia colombiana''.

Com a assinatura do acordo, as partes deram por concluída a fase exploratória do processo de paz, que se iniciou no começo de 2003, ''para dar a partida para uma etapa de negociação''. Essa etapa de negociação compreende, segundo porta-vozes do governo, aspectos logísticos, jurídicos, sociais e econômicos relacionados aos membros das AUC.

O documento, firmado após dois dias de deliberações numa região não identificada do país, leva as assinaturas, entre outros, do alto comissionado para a paz do governo, Luis Carlos Restrepo, e dos chefes paramilitares Carlos Castaño e Salvatore Mancuso.

Especial
  • Leia mais sobre o conflito na Colômbia
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página