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03/08/2009 - 15h11

Em carta, 45 ganhadores do Prêmio Nobel apoiam opositores no Irã

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da France Presse, em Washington

O prêmio Nobel da Paz de 1986, Elie Wiesel, e outros 44 premiados, publicaram nesta segunda-feira uma carta aberta para Shirin Ebadi e outros dissidentes iranianos com um pedido para que "não percam as esperanças" depois da ratificação da reeleição do ultraconservador presidente, Mahmoud Ahmadinejad, no pleito de 12 de junho.

Wiesel é um judeu nascido na Romênia e sobrevivente dos campos de concentração nazistas. Ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1986 pelo conjunto de sua obra --dedicada a resgatar a memória do Holocausto e a defender outros grupos vítimas de perseguições.

Ele e os outros 44 premiados, a maioria em ciências exatas, pedem que Ebadi --que recebeu também um Prêmio Nobel da Paz em 2003 por suas ações em favor dos direitos humanos no Irã-- e os outros opositores que não se sintam abandonados.

O ultraconservador Ahmadinejad foi reeleito com cerca de 63% dos votos contra 34% do principal candidato da oposição, Mir Hossein Mousavi.

A votação foi seguida por semanas de fortes protestos da oposição por fraude. Os protestos, enfrentados com violência pela polícia e a milícia Basij, ligada à Guarda Revolucionária, deixaram ao menos 20 mortos, dezenas de feridos e centenas de presos.

O Conselho dos Guardiães do Irã, órgão responsável por ratificar o resultado do pleito, aceitou fazer uma recontagem parcial dos votos para acalmar a oposição, mas confirmou a reeleição de Ahmadinejad depois de afirmar que a fraude em cerca de 3 milhões de votos não era suficiente para mudar o resultado das urnas.

"Nós, os signatários desta cata e ganhadores do Prêmio Nobel, condenamos fortemente as flagrantes violações dos direitos humanos que aconteceram nos protestos eleitorais no Irã", escreve o grupo em carta aberta publicada pelo jornal "New York Times" e na edição internacional "International Herald Tribune".

A publicação foi financiada pela Fundação Elie Wiesel, com sede em Nova York.

"O objetivo é tranquilizar quem se opõe à ditadura para que não se sintam abandonados. Para mim, a pior das torturas é se sentir abandonado", disse Wiesel à agência France Presse.

O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, aprovou formalmente nesta segunda-feira Ahmadinejad para um segundo mandato no cargo, em uma cerimônia que procurou mostrar unidade entre os líderes do país.

Para Wiesel, "Irã é uma ditadura". "E sob uma ditadura, eu sempre dou privilégio às vítimas", disse.

Entre os signatários estão o escritor nigeriano Wole Soyinka, prêmio Nobel de Literatura em 1986, e a irlandesa Betty Williams, prêmio Nobel da Paz em 1976.

Comentários dos leitores
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Eu não duvido de nada, se os EUA em alguns anos, implantarem algumas bases de mísseis de longo alcance no Iraque, pois estão lá e tem mais de 100 mil soldados, agora lógico. A Russia esta fazendo o mesmo apoio ao Irã, Pra ser mais exato, a guerra fria ainda não acabou só mudou de época. Lógico com vantagem dos EUA, mas a Russia tem seus prô e contras, ainda tem tecnologia suficiente e possui o maior arsenal de bombas atômicas. EUA estão no paquistão não para combater o Taliban, estão presentes numa região que demanda conflitos eternos, e que sempre terá um para vender armas, e tecnologia. Sabemos de praxe Srs (as) que guerras são grande negócios, em valores astronômicos. Antes não se dava ênfase á aquela região, hoje em dia a região é estratégica para as super potencias, envolve muito dinheiro e conflitos a vista. Por isso tanto interesse e tanta movimentação bélica. sem opinião
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J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
RU treina soldados iraquianos para proteger seus poços de petróleo.
"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
1 opinião
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J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
Alguns não querem que o Brasil se aproxime do Irã, outros não querem que se aproxime do criminoso Israel, porém lembrem-se que estão num país que não tem rabo preso. O presidente do Irã virá, o ministro de Israel, Kadafi, Obama. Isso é liberdade e autodeterminação. De que adianta essa panacéia com relação ao mundo árabe? Nada. 1 opinião
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