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30/07/2003 - 22h31

Marido de Betancourt se diz perplexo com desmentido das Farc

da France Presse, em Bogotá

O marido da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, Juan Carlos Lecompte, garantiu hoje que a família da dirigente e o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, acreditaram em um suposto contato das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) visando sua libertação na fronteira com o Brasil.

Lecompte disse estar ''desconcertado'' com o comunicado divulgado pelas Farc, segundo o qual a refém seria posta em liberdade apenas dentro de um acordo humanitário com o governo e no qual desmentiram que tenha havido qualquer contato com a família, ou com funcionários da França para libertá-la.

Segundo Lecompte, o pároco da cidade colombiana de Leticia (sul, fronteiriça com o Brasil), Gonzalo Arango, teve contato com o suposto emissário das Farc --que lhe pareceu ''crível'', da mesma forma que para Uribe. O suposto emissário da guerrilha negociou com a família o local onde os rebeldes supostamente entregariam Betancourt.

''A gente não sabe o que pensar. O que acontece é que o padre avaliou o informante, que lhe pareceu crível, e o mandaram para Bogotá. Depois, aqui em Bogotá, ele foi avaliado por parte do governo nacional. Uribe o avaliou pessoalmente e [o enviado] também lhe parece crível'', ressaltou.

''Não sabemos no que acreditar, se foi tudo mentira, um falso alarme. O governo colombiano, com o presidente Uribe à frente, estava informado sobre isso, porque foram eles que nos contataram com o padre e o informante. Previamente, tinham avaliado a informação e pensado que era uma informação crível'', acrescentou.

O comunicado das Farc, divulgado em seu site, descarta uma libertação rápida de Betancourt, que parecia iminente no início de julho, quando, com a informação da suposta negociação da guerrilha, a família da ex-senadora viajou para a selva amazônica em território brasileiro.

Após a nota das Farc, a família de Betancourt reiterou hoje seu pedido à guerrilha para que entregue provas de que a ex-candidata, em poder dos rebeldes desde 23 de fevereiro de 2002, está viva.
 

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