Publicidade
Publicidade
05/08/2003
-
16h40
da France Pressse, em Bogotá
Quase um ano depois de ter assumido o governo da Colômbia, o presidente Alvaro Uribe tem como principal ponto de seu governo uma polêmica estratégia de segurança, com as Forças Militares à frente e um recuo das atividades da guerrilha.
Eleito com 53% de votos, Uribe assumiu a presidência no dia 7 de agosto de 2002 com a intenção de enfrentar com rigor a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), depois de três anos de frustradas negociações de paz entre o grupo e o governo de Andrés Pastrana.
Um ano depois, Uribe tem uma popularidade de 70%, atribuída pelos analistas a sua principal bandeira de campanha: a segurança.
No dia de sua posse, as Farc declararam guerra aberta ao presidente com o disparo de morteiros no Palácio de Nariño, mas o presidente endureceu sua postura em relação à guerrilha e, com o uso da força, tenta obrigá-la a negociar.
"Não queremos guerrilha nem paramilitares. Ou negociam ou os derrotamos", afirma Uribe. No dia 15 de julho seu governo anunciou a desmobilização de 13 mil homens das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC, extrema-direita).
Porém, muitos analistas acreditam que o recuo da guerrilha pode ser tático, para iniciar uma ofensiva de grande impacto a qualquer momento, como fez quando Uribe completou seis meses de mandato, a 7 de fevereiro, com um atentado que matou 36 pessoas num clube de Bogotá.
Até o momento o governo não conseguiu prender nenhum dos líderes das guerrilhas comunistas, pelos quais o governo oferece recompensas milionárias, o que irrita os militares.
População
No entanto, os colombianos aprovam o trabalho do presidente: 65% afirmam que se sentem mais seguros e 69% acreditam que os militares têm capacidade de derrotar as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN), segundo uma pesquisa do instituto Invamer-Gallup.
No balanço de sua gestão, o governo afirma que reduziu significativamente o número de sequestros, homicídios, postos de controle ilegais, os ataques a civis e os atentados terroristas.
Quase 10 mil novos policiais e e 15 mil soldados foram deslocados no último ano para as regiões de maior conflito no país, segundo o relatório do governo.
A administração de Uribe acrescenta que restabeleceu a presença da polícia em 79 municípios --de 150 que não contavam com a presença da corporação-- e garante que em um mês chegará aos locais restantes.
No entanto, sua política de segurança sofreu derrotas jurídicas e é criticada pela ONU (Organização das Nações unidas) e organismos de defesa dos direitos humanos, que consideram que sua estratégia restringe liberdades individuais e envolve os civis ainda mais no conflito.
O estado de exceção que decretou no país, quatro dias depois de assumir a presidência, foi vetado pela Corte Constitucional no dia 29 de abril, o que fez o governo perder ferramentas de combate aos grupos armados.
"Seja como for, o país gosta da dose que está recebendo, não quer uma mudança de receita", disse o analista político Fernando Cepeda, que advertiu, por outro lado, que Uribe deve impor a ordem respeitando os direitos humanos num país que sobrevive a quatro décadas de guerra.
Especial
Leia mais sobre o conflito na Colômbia
Uribe completa um ano na presidência da Colômbia
da France Pressse, em Bogotá
Quase um ano depois de ter assumido o governo da Colômbia, o presidente Alvaro Uribe tem como principal ponto de seu governo uma polêmica estratégia de segurança, com as Forças Militares à frente e um recuo das atividades da guerrilha.
Eleito com 53% de votos, Uribe assumiu a presidência no dia 7 de agosto de 2002 com a intenção de enfrentar com rigor a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), depois de três anos de frustradas negociações de paz entre o grupo e o governo de Andrés Pastrana.
Reuters - 27.mai.2002 |
Alvaro Uribe, presidente da Colômbia |
Um ano depois, Uribe tem uma popularidade de 70%, atribuída pelos analistas a sua principal bandeira de campanha: a segurança.
No dia de sua posse, as Farc declararam guerra aberta ao presidente com o disparo de morteiros no Palácio de Nariño, mas o presidente endureceu sua postura em relação à guerrilha e, com o uso da força, tenta obrigá-la a negociar.
"Não queremos guerrilha nem paramilitares. Ou negociam ou os derrotamos", afirma Uribe. No dia 15 de julho seu governo anunciou a desmobilização de 13 mil homens das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC, extrema-direita).
Porém, muitos analistas acreditam que o recuo da guerrilha pode ser tático, para iniciar uma ofensiva de grande impacto a qualquer momento, como fez quando Uribe completou seis meses de mandato, a 7 de fevereiro, com um atentado que matou 36 pessoas num clube de Bogotá.
Até o momento o governo não conseguiu prender nenhum dos líderes das guerrilhas comunistas, pelos quais o governo oferece recompensas milionárias, o que irrita os militares.
População
No entanto, os colombianos aprovam o trabalho do presidente: 65% afirmam que se sentem mais seguros e 69% acreditam que os militares têm capacidade de derrotar as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN), segundo uma pesquisa do instituto Invamer-Gallup.
No balanço de sua gestão, o governo afirma que reduziu significativamente o número de sequestros, homicídios, postos de controle ilegais, os ataques a civis e os atentados terroristas.
Quase 10 mil novos policiais e e 15 mil soldados foram deslocados no último ano para as regiões de maior conflito no país, segundo o relatório do governo.
A administração de Uribe acrescenta que restabeleceu a presença da polícia em 79 municípios --de 150 que não contavam com a presença da corporação-- e garante que em um mês chegará aos locais restantes.
No entanto, sua política de segurança sofreu derrotas jurídicas e é criticada pela ONU (Organização das Nações unidas) e organismos de defesa dos direitos humanos, que consideram que sua estratégia restringe liberdades individuais e envolve os civis ainda mais no conflito.
O estado de exceção que decretou no país, quatro dias depois de assumir a presidência, foi vetado pela Corte Constitucional no dia 29 de abril, o que fez o governo perder ferramentas de combate aos grupos armados.
"Seja como for, o país gosta da dose que está recebendo, não quer uma mudança de receita", disse o analista político Fernando Cepeda, que advertiu, por outro lado, que Uribe deve impor a ordem respeitando os direitos humanos num país que sobrevive a quatro décadas de guerra.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice