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07/08/2003 - 22h44

Farc tinham plano para matar presidente colombiano, diz Exército

da France Presse, em Bogotá

A guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) tinha um plano para assassinar o presidente Alvaro Uribe com comandos suicidas, revelou hoje o comandante-geral do Exército, Carlos Alberto Ospina.

O general Ospina disse que o ataque contra o presidente foi discutido durante uma reunião de líderes das Farc realizada recentemente em uma localidade entre os Departamentos de Boyacá (centro) e Casanare (leste).

Ospina, que acompanhou hoje Uribe na visita do presidente à Ponte de Boyacá --local onde a Colômbia obteve sua independência há 184 anos-- durante as comemorações do primeiro aniversário do governo, destacou que o atentado não estava planejado para hoje.

Os guerrilheiros ''planejam um atentado contra o senhor presidente, mas não para hoje. É ainda um projeto'', destacou o general.

O comandante da 1ª Brigada do Exército, coronel Germán Galvis, garantiu à rede de televisão RCN que o plano dos rebeldes para matar Uribe envolvia comandos suicidas. ''Obtivemos a informação de que atentariam contra o senhor presidente com um comando suicida''.

Segundo o coronel, organismos de segurança do Estado interceptaram várias comunicações de comandantes das Farc sobre o plano para matar Uribe. ''Estão com muito medo de uma possível reeleição do senhor presidente, já que isto seria o fim do movimento terrorista'', afirmou ele.

O coronel Galvis disse que esta nova estratégia de comandos suicidas das Farc envolve o pagamento de somas milionárias aos terroristas. ''Estes homens não têm qualquer ideologia. Estão agindo por dinheiro ou qualquer outro motivo, mas não por ideologia''.

Em meio a expectativa gerada pelo primeiro aniversário do governo Uribe, agentes da polícia apreenderam cerca de 3,5 toneladas de explosivos, armas e munições no município de Sibaté, 20 km a sudoeste de Bogotá, segundo o coronel Luis Eduardo Herrera, comandante da polícia do Departamento de Cundinamarca.

O arsenal, que pertenceria às Farc, ''estava pronto para ser utilizado a qualquer momento contra a capital do país e as regiões próximas'', garantiu o coronel Herrera.

Toneladas de explosivos, nove fuzis automáticos, sete lança-granadas e mais de 10 mil cartuchos de vários calibres estavam escondidos em uma granja na zona rural de Sibaté.

Durante a operação, as autoridades prenderam quatro pessoas que estão sendo interrogadas.

Há um ano, quando Uribe prestava juramento como novo presidente da Colômbia, as Farc lançaram um ataque de morteiro contra o Palácio do Governo, ferindo quatro policiais. Duas granadas disparadas contra o palácio caíram na rua e mataram 21 pessoas.
 

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