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11/08/2003
-
15h54
da France Presse, em Monróvia
A Libéria é a república mais antiga da África negra e foi fundada em 1822 por escravos norte-americanos libertados. Independente desde 1847, foi dirigida por descendentes de antigos escravos até o assassinato do presidente William Tolbert, num golpe de Estado liderado por Samuel Doe em 1980.
Em 24 de dezembro de 1989, a Frente Nacional Patriótica da Libéria (NPFL) de Charles Taylor lançou a guerra civil mais violenta do continente africano para derrubar o presidente Doe, que foi assassinado pela Frente Patriótica Nacional Independente da Libéria (INPFL), dissidência fundada em setembro de 1990 por Prince Johnson, um antigo lugar-tenente de Taylor. A guerra entre essas facções durou sete anos.
A Ecomog, força de paz da África Ocidental, mobilizada em 1990, conseguiu temporariamente pacificar o país depois do desarmamento dos combatentes e a organização de eleições. Os últimos soldados da força abandonaram a Libéria em 1999.
Em julho de 1997, Charles Taylor vence por 75% dos votos a eleição presidencial, o que marca a concretização de um acordo de paz firmado um ano antes.
Em janeiro de 2001, Taylor é acusado pela ONU (Organização das Nações Unidas) de alimentar o conflito em Serra Leoa, aproveitando-se de forma pessoal do tráfico de armas e de diamantes com os rebeldes. Em maio de 2003, a ONU propõe sanções contra a Libéria por seu apoio à Frente Revolucionário Unida (FRU) e, em junho, o Tribunal Especial para os Crimes de Guerra em Serra Leoa acusou formalmente o presidente Taylor.
O ex-chefe de guerra Charles Taylor renunciou à Presidência da Libéria no dia 11 de agosto e foi substituído por seu vice-presidente, Moses Blah.
A guerra civil, entre 1989 e 1997, liderada por Charles Taylor, deixou 250 mil mortos e levou milhares de liberianos ao êxodo ou ao exílio.
Desde 1999 o regime enfrenta a rebelião do Lurd (Liberianos Unidos pela Reconciliação e a Democracia) e desde meados de julho, os combates na capital Monróvia causaram centenas de mortos, em sua maioria civis.
Situação geográfica: País da África Ocidental, com 111.369 km2, às margens do Atlântico. Limite ao noroeste com Serra Leoa, ao norte com a Guiné e a leste com a Costa do Marfim.
População: 3,3 milhões de habitantes.
Capital: Monróvia (1,2 milhão de habitantes).
Idiomas: Inglês (oficial) e dialetos.
Religiões: Animistas (55%), cristãos (30%) e muçulmanos (15%).
Dívida externa: US$ 1,987 bilhão em 2001 (Banco mundial).
Forças Armadas: Entre 11 mil e 15 mil homens, entre os quais milícias que apóiam o governo, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, 2002-2003).
Economia: Madeira, borracha, ferro, ouro e diamantes. A economia e as infra-estruturas básicas foram devastadas pela guerra. A água e a eletricidade não foram completamente restabelecidas.
Em maio passado, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Ruud Lubbers, faz um balanço dramático da situação, referindo-se a ela como um ''desastre''. Segundo ele, 80% da população vive abaixo do nível de pobreza, 85% da população está desempregada e dos 15% restantes, 10% dos funcionários públicos não são pagos há dois anos.
A expectativa de vida é de 41 anos para os homens e 42 para as mulheres.
Saiba mais sobre a República da Libéria
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A Libéria é a república mais antiga da África negra e foi fundada em 1822 por escravos norte-americanos libertados. Independente desde 1847, foi dirigida por descendentes de antigos escravos até o assassinato do presidente William Tolbert, num golpe de Estado liderado por Samuel Doe em 1980.
Em 24 de dezembro de 1989, a Frente Nacional Patriótica da Libéria (NPFL) de Charles Taylor lançou a guerra civil mais violenta do continente africano para derrubar o presidente Doe, que foi assassinado pela Frente Patriótica Nacional Independente da Libéria (INPFL), dissidência fundada em setembro de 1990 por Prince Johnson, um antigo lugar-tenente de Taylor. A guerra entre essas facções durou sete anos.
A Ecomog, força de paz da África Ocidental, mobilizada em 1990, conseguiu temporariamente pacificar o país depois do desarmamento dos combatentes e a organização de eleições. Os últimos soldados da força abandonaram a Libéria em 1999.
Em julho de 1997, Charles Taylor vence por 75% dos votos a eleição presidencial, o que marca a concretização de um acordo de paz firmado um ano antes.
Em janeiro de 2001, Taylor é acusado pela ONU (Organização das Nações Unidas) de alimentar o conflito em Serra Leoa, aproveitando-se de forma pessoal do tráfico de armas e de diamantes com os rebeldes. Em maio de 2003, a ONU propõe sanções contra a Libéria por seu apoio à Frente Revolucionário Unida (FRU) e, em junho, o Tribunal Especial para os Crimes de Guerra em Serra Leoa acusou formalmente o presidente Taylor.
O ex-chefe de guerra Charles Taylor renunciou à Presidência da Libéria no dia 11 de agosto e foi substituído por seu vice-presidente, Moses Blah.
A guerra civil, entre 1989 e 1997, liderada por Charles Taylor, deixou 250 mil mortos e levou milhares de liberianos ao êxodo ou ao exílio.
Desde 1999 o regime enfrenta a rebelião do Lurd (Liberianos Unidos pela Reconciliação e a Democracia) e desde meados de julho, os combates na capital Monróvia causaram centenas de mortos, em sua maioria civis.
Situação geográfica: País da África Ocidental, com 111.369 km2, às margens do Atlântico. Limite ao noroeste com Serra Leoa, ao norte com a Guiné e a leste com a Costa do Marfim.
População: 3,3 milhões de habitantes.
Capital: Monróvia (1,2 milhão de habitantes).
Idiomas: Inglês (oficial) e dialetos.
Religiões: Animistas (55%), cristãos (30%) e muçulmanos (15%).
Dívida externa: US$ 1,987 bilhão em 2001 (Banco mundial).
Forças Armadas: Entre 11 mil e 15 mil homens, entre os quais milícias que apóiam o governo, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, 2002-2003).
Economia: Madeira, borracha, ferro, ouro e diamantes. A economia e as infra-estruturas básicas foram devastadas pela guerra. A água e a eletricidade não foram completamente restabelecidas.
Em maio passado, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Ruud Lubbers, faz um balanço dramático da situação, referindo-se a ela como um ''desastre''. Segundo ele, 80% da população vive abaixo do nível de pobreza, 85% da população está desempregada e dos 15% restantes, 10% dos funcionários públicos não são pagos há dois anos.
A expectativa de vida é de 41 anos para os homens e 42 para as mulheres.
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