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22/08/2003 - 19h16

População de Buenos Aires escolhe novo prefeito no domingo

DANIEL MEROLLA
da France Presse, em Buenos Aires

Os 2,6 milhões de eleitores de Buenos Aires irão às urnas no domingo (24) para escolher o prefeito da capital, num pleito polarizado que apresenta como favoritos Mauricio Macri, representante da centro-direita e Aníbal Ibarra, da centro-esquerda. Ibarra é apoiado pelo presidente peronista Néstor Kirchner.

Segundo as pesquisas, Ibarra e Macri deverão se enfrentar num eventual segundo turno, no dia 14 de setembro, se não conseguirem os 50% dos votos no primeiro turno, de acordo com a lei eleitoral.

O confronto tem cor local, mas Kirchner não esconde o interesse por Ibarra, apesar de apoiado por grupos que não pertencem às estruturas do Partido Justicialista (PJ, peronista).

Macri conta com o apoio dos líderes locais do PJ, todos eles adversários de Kirchner e ligados historicamente a seu maior adversário interno, o ex-presidente Carlos Menem (1989-1999).

Prestes a completar três meses de governo, Kichner está mergulhado numa campanha contra a corrupção enquanto participa de duras e decisivas negociações com o FMI (Fundo Monetário Internacional).

Os portenhos renovarão também o parlamento comunal, a Câmara de Vereadores, com 60 cadeiras e elegerão 12 deputados que representarão o município na Câmara de Deputados, de 257 cadeiras.

A campanha de Ibarra foi marcada pelo apelo contra o neoliberalismo encarnado na figura dos antigos aliados de Menem. Mas o filho de seu adversário Francisco Macri, poderoso líder de uma holding com ramificações na América do Sul, já disse que seu projeto pode articular-se com o de Kirchner.

O chefe de Estado ignorou as expressões conciliadoras de Macri e subiu ao palanque de Ibarra, aparecendo com ele nos cartazes eleitorais.

Longe dos dois postulantes que estão na frente da corrida da qual participam 33 chapas, ficaram relegados a segundo plano os representantes da esquerda, Luis Zamora, assim como Patricia Bullrich, uma ex-''menemista'' e dirigente da aliança liderada pelo ex-candidato a presidente Ricardo López Murphy, que chegou ao terceiro lugar nas eleições presidenciais deste ano.

Macri e Ibarra concentram mais de 70% das intenções de voto, o que deslocou Zamora e Bullrich da luta por uma distante terceira posição, com cerca de 10% para ambos, segundo as pesquisas.

''Vamos enterrar o menemismo nesta cidade'', disse Ibarra ao encerrar os comícios.

Macri acentuou na campanha a questão da segurança.

A outra força nacional importante do país, a social-democrata União Cívica Radical (UCR), apresenta como candidato Cristian Caram, na chapa do ator cômico Nito Artaza, candidato a deputado.
 

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