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04/09/2003
-
20h57
da France Presse, em Bogotá
Líderes políticos e humanitários da Colômbia aumentaram a pressão sobre o governo e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) para que negociem logo um acordo que permita a libertação de reféns, com vistas à eventual reunião no Brasil entre representantes das Farc e da ONU (Organização das Nações Unidas).
A reunião, apoiada pelos Estados Unidos, apesar de ainda não ter sido agendada oficialmente, gerou expectativas no país e causou a multiplicação dos apelos a um intercâmbio humanitário.
"Vamos analisar todos os detalhes da organização desta reunião, não rejeitamos nenhuma hipótese que possa trazer uma solução pacífica a curto prazo", afirmou o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim.
Ele negou categoricamente qualquer contato com a guerrilha para organizar a reunião. "Nunca mantivemos contato com as Farc. Que isso fique bem claro (...) Nossos contatos foram com o governo colombiano e a ONU", disse o ministro, em Brasília.
A chanceler colombiana Carolina Barco confirmou que o governo de Álvaro Uribe vê "com bons olhos" esta reunião, que poderá facilitar uma "aproximação" com as FARC, e destacou que "o Brasil sempre manifestou seu apoio" à Colômbia.
Brasil
As modalidades do encontro entre as Farc e a ONU devem ser evocadas em reunião entre Uribe e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 16 de setembro, durante a comemoração dos 40 anos da Organização Internacional de Café (OIC) na cidade colombiana de Cartagena.
Ex-presidentes, líderes políticos e humanitários e familiares de reféns se mobilizaram nos últimos dias para defender um acordo humanitário, tema central da eventual reunião, segundo analistas.
Todos eles mandaram uma carta para Uribe e o líder das Farc, Manuel Marulanda, destacando que é preciso mostrar "grandeza e boa vontade" para um acordo que significa "nada mais nada menos que a vida e a liberdade de muitas pessoas".
Uribe rejeitou a carta por considerar que, por ter sido enviada também para Marulanda, o colocava no mesmo nível que o "comandante do terrorismo".
O presidente colombiano, que desde que assumiu sempre se posicionou a favor da intervenção da ONU no conflito, para se aproximar das Farc, não comentou a eventual reunião no Brasil.
Segundo o senador José Renan Trujillo, a participação de "países amigos é necessária para chegar a este acordo que pode permitir a libertação de todos os reféns".
Os paramilitares das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) --organização de direita, inimiga da guerrilha-- disseram hoje em comunicado que a reunião no Brasil poderia abrir a possibilidade de um diálogo entre as Farc e o governo, "se o intercâmbio humanitário for aceito".
Segundo analistas e dirigentes políticos, as Farc só querem levar ao Brasil a proposta de trocar 20 políticos e 40 militares reféns por 300 rebeldes presos, enquanto o governo colombiano exige a libertação de todos os reféns em poder do grupo armado (cerca de 800).
Especial
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Pressão por acordo humanitário aumenta na Colômbia
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Líderes políticos e humanitários da Colômbia aumentaram a pressão sobre o governo e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) para que negociem logo um acordo que permita a libertação de reféns, com vistas à eventual reunião no Brasil entre representantes das Farc e da ONU (Organização das Nações Unidas).
A reunião, apoiada pelos Estados Unidos, apesar de ainda não ter sido agendada oficialmente, gerou expectativas no país e causou a multiplicação dos apelos a um intercâmbio humanitário.
"Vamos analisar todos os detalhes da organização desta reunião, não rejeitamos nenhuma hipótese que possa trazer uma solução pacífica a curto prazo", afirmou o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim.
Ele negou categoricamente qualquer contato com a guerrilha para organizar a reunião. "Nunca mantivemos contato com as Farc. Que isso fique bem claro (...) Nossos contatos foram com o governo colombiano e a ONU", disse o ministro, em Brasília.
A chanceler colombiana Carolina Barco confirmou que o governo de Álvaro Uribe vê "com bons olhos" esta reunião, que poderá facilitar uma "aproximação" com as FARC, e destacou que "o Brasil sempre manifestou seu apoio" à Colômbia.
Brasil
As modalidades do encontro entre as Farc e a ONU devem ser evocadas em reunião entre Uribe e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 16 de setembro, durante a comemoração dos 40 anos da Organização Internacional de Café (OIC) na cidade colombiana de Cartagena.
Ex-presidentes, líderes políticos e humanitários e familiares de reféns se mobilizaram nos últimos dias para defender um acordo humanitário, tema central da eventual reunião, segundo analistas.
Todos eles mandaram uma carta para Uribe e o líder das Farc, Manuel Marulanda, destacando que é preciso mostrar "grandeza e boa vontade" para um acordo que significa "nada mais nada menos que a vida e a liberdade de muitas pessoas".
Uribe rejeitou a carta por considerar que, por ter sido enviada também para Marulanda, o colocava no mesmo nível que o "comandante do terrorismo".
O presidente colombiano, que desde que assumiu sempre se posicionou a favor da intervenção da ONU no conflito, para se aproximar das Farc, não comentou a eventual reunião no Brasil.
Segundo o senador José Renan Trujillo, a participação de "países amigos é necessária para chegar a este acordo que pode permitir a libertação de todos os reféns".
Os paramilitares das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) --organização de direita, inimiga da guerrilha-- disseram hoje em comunicado que a reunião no Brasil poderia abrir a possibilidade de um diálogo entre as Farc e o governo, "se o intercâmbio humanitário for aceito".
Segundo analistas e dirigentes políticos, as Farc só querem levar ao Brasil a proposta de trocar 20 políticos e 40 militares reféns por 300 rebeldes presos, enquanto o governo colombiano exige a libertação de todos os reféns em poder do grupo armado (cerca de 800).
Especial
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