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03/10/2003
-
16h03
da France Presse, em Nova York
Os restos mortais de 419 escravos serão enterrados novamente hoje e amanhã, em Nova York, entre cerimônias de homenagem e reivindicação para lembrar que a escravidão não foi um fenômeno exclusivamente sulista.
Os restos foram descobertos em 1991, durante obras de construção no sul de Manhattan. Os trabalhos depararam com um cemitério para afro-americanos do século 18 com pouco mais de 2 hectares (20 mil m²) e no qual foram sepultadas quase 20 mil pessoas.
A descoberta lembrava a existência da "pequena África", um bairro dos primórdios de Nova York, povoado pelos escravos libertados.
Doze anos depois da descoberta, os restos serão objeto de uma cerimônia que se inicia hoje com sua chegada ao cais 11 de Wall Street, um ponto de desembarque dos navios de escravos durante a era colonial.
Os corpos serão levados em procissão por uma parte da avenida Broadway, Desfiladeiro dos Heróis, reservada a desfiles "de confetti", como os que prestam homenagem a Exércitos, astronautas e equipes esportivas.
Depois de velados durante 20 horas, os esqueletos serão enterrados amanhã, perto do edifício de 34 andares construído sobre o cemitério original.
Polêmica
A descoberta do cemitério em 1991 despertou o entusiasmo de historiadores e antropólogos e a ira de grupos de defesa dos afro-americanos, os quais acusaram as autoridades de não respeitarem suficientemente seu caráter sagrado.
Em seguida veio uma polêmica sobre o futuro do cemitério e os planos de construção das autoridades, que finalmente redesenharam os planos e não levaram adiante o projeto de construir um estacionamento e um prédio de quatro andares no local.
Entrementes, os restos foram trasladados à Universidade Howard de Washington para seu estudo.
De acordo com a antropóloga urbana Sherrill Wilson, os restos serviram para desmentir a crença de que a escravidão foi um fenômeno estritamente sulista.
"O cemitério foi uma grande advertência",disse Wilson, diretora da Agência de Educação Pública e Interpretação de onde saiu o Projeto para o Cemitério Africano.
"É uma lembrança dolorosa do legado da escravidão com a qual se vive todo dia se a gente é afro-americano", disse numa entrevista ao jornal "The New York Times".
Nova York enterra restos mortais de 419 escravos
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Os restos mortais de 419 escravos serão enterrados novamente hoje e amanhã, em Nova York, entre cerimônias de homenagem e reivindicação para lembrar que a escravidão não foi um fenômeno exclusivamente sulista.
Os restos foram descobertos em 1991, durante obras de construção no sul de Manhattan. Os trabalhos depararam com um cemitério para afro-americanos do século 18 com pouco mais de 2 hectares (20 mil m²) e no qual foram sepultadas quase 20 mil pessoas.
A descoberta lembrava a existência da "pequena África", um bairro dos primórdios de Nova York, povoado pelos escravos libertados.
Doze anos depois da descoberta, os restos serão objeto de uma cerimônia que se inicia hoje com sua chegada ao cais 11 de Wall Street, um ponto de desembarque dos navios de escravos durante a era colonial.
Os corpos serão levados em procissão por uma parte da avenida Broadway, Desfiladeiro dos Heróis, reservada a desfiles "de confetti", como os que prestam homenagem a Exércitos, astronautas e equipes esportivas.
Depois de velados durante 20 horas, os esqueletos serão enterrados amanhã, perto do edifício de 34 andares construído sobre o cemitério original.
Polêmica
A descoberta do cemitério em 1991 despertou o entusiasmo de historiadores e antropólogos e a ira de grupos de defesa dos afro-americanos, os quais acusaram as autoridades de não respeitarem suficientemente seu caráter sagrado.
Em seguida veio uma polêmica sobre o futuro do cemitério e os planos de construção das autoridades, que finalmente redesenharam os planos e não levaram adiante o projeto de construir um estacionamento e um prédio de quatro andares no local.
Entrementes, os restos foram trasladados à Universidade Howard de Washington para seu estudo.
De acordo com a antropóloga urbana Sherrill Wilson, os restos serviram para desmentir a crença de que a escravidão foi um fenômeno estritamente sulista.
"O cemitério foi uma grande advertência",disse Wilson, diretora da Agência de Educação Pública e Interpretação de onde saiu o Projeto para o Cemitério Africano.
"É uma lembrança dolorosa do legado da escravidão com a qual se vive todo dia se a gente é afro-americano", disse numa entrevista ao jornal "The New York Times".
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