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08/10/2003 - 20h48

Chefe guerrilheiro do ELN é libertado na Colômbia

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da France Presse, em Bogotá
da Folha Online

O porta-voz da guerrilha colombiana do ELN (Exército de Libertação Nacional), Felipe Torres, deixou hoje a prisão de alta segurança de Itaguí (400 km ao norte de Bogotá), depois de receber liberdade condicional.

"Recebo a liberdade com alegria, já cumpri o que devia com a justiça, com a sociedade, com o país, não tenho nenhum tipo de dívida com ninguém, não devo nada a ninguém, sou um cidadão comum, e um revolucionário do princípio ao fim", disse Torres a jornalistas, já fora da prisão.

"Não vou trabalhar para o governo, vou trabalhar para o país, sou um revolucionário comprometido com as causas do povo colombiano, muito comprometido com a paz da Colômbia, e vou me dedicar a isso", acrescentou.

Carlos Arturo Velandia --nome verdadeiro de Felipe Torres-- obteve ontem liberdade condicional depois de cumprir três quintas partes de sua condenação a uma pena de 20 anos por terrorismo e rebelião.

O presidente de Colômbia, Álvaro Uribe, pediu a Torres que se converta em um dos promotores do processo de paz entre o governo e a guerrilha.

"Ele é um cidadão, que sofre, tem família, que tem padecido as dores desta pátria; então, ao sair da prisão, que nos ajude como um gestor da paz", declarou o presidente pouco antes da libertação de Torres.

Proposta

Gerardo Antonio Bermúdez Sánchez, conhecido por "Francisco Galán", outro porta-voz do ELN, permanece na penitenciária de Itaguí, onde cumpre pena de 29 anos.

Em 30 de junho passado, Uribe enviou uma mensagem a Torres e Galán oferecendo a liberdade em troca da renúncia à guerrilha e da adesão ao diálogo de paz com o governo.

Uribe refez a oferta a Torres após pedir ao ELN a libertação dos sete estrangeiros sequestrados pela guerrilha em 12 de setembro passado em Sierra Nevada de Santa Marta, no norte do país.

Torres e Galán disseram hoje que não renunciarão ao ELN, mas manifestaram sua disposição de buscar uma saída política para o conflito armado que devasta a Colômbia.

Cerca de 3.500 colombianos morrem a cada a ano em decorrência do conflito armado --envolvendo forças do governo, guerrilhas de esquerda e paramilitares de direita-- que atinge o país há décadas.

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