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10/10/2003
-
07h30
da Folha Online
O ex-presidente tcheco Vaclav Havel, 67, que era tido como um dos grandes favoritos ao Prêmio Nobel da Paz, felicitou hoje "calorosamente" a advogada iraniana Shirin Ebadi, 56, que foi a preferida pelo Comitê Nobel.
"Sei que ela certamente mereceu e a felicito calorosamente", declarou Jakub Hladik, secretário de Vaclav Havel.
Um número considerável de especialistas nas deliberações do Comitê Nobel acreditava que Habel, considerado um "herói" da luta contra o comunismo no Leste Europeu nas décadas de 70 e 80 tinha neste ano grandes chances de ver consagrada a obra de toda sua vida a serviço dos direitos humanos.
Ebadi venceu hoje o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho na defesa dos direitos humanos e na promoção da democracia. Ela é a 11ª mulher a ser consagrada com o prêmio desde 1901.
"Como advogada, juíza, professora, escritora e militante, [Ebadi] atuou claramente e com decisão em seu país, Irã, e muito mais além de suas fronteiras", afirmou o Comitê Nobel, durante o anúncio oficial.
Candidatos
Ebadi foi escolhida entre um grupo de 165 candidatos, entre eles Havel, o papa João Paulo 2º e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O prêmio, que será entregue em Oslo (Noruega) no dia 10 de dezembro, é dotado de 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,32 milhões).
Ebadi defende a reforma do islamismo e é partidária de uma nova interpretação da lei islâmica em harmonia com os direitos humanos, como a democracia, a igualdade ante a lei, a liberdade de religião e de expressão. Como juíza, participou de processos muito controversos no Irã e defendeu familiares de escritores e intelectuais assassinados entre 1999 e 2000.
Em 1974, Ebadi foi a primeira mulher a tornar-se juíza no Irã, mas teve de deixar o cargo depois da Revolução Islâmica de 1979. Os dirigentes religiosos decretaram na época que as mulheres eram emotivas demais para dirigir um tribunal.
Posteriormente, ela atuou na defesa dos direitos das mulheres e das crianças em uma sociedade muçulmana ultraconservadora e dava ajuda jurídica às pessoas perseguidas, apesar das ameaças que sofria das autoridades.
Com agências internacionais
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Iraniana Shirin Ebadi ganha o Nobel da Paz
Vaclav Havel felicita Shirin Ebadi pelo Nobel da Paz
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O ex-presidente tcheco Vaclav Havel, 67, que era tido como um dos grandes favoritos ao Prêmio Nobel da Paz, felicitou hoje "calorosamente" a advogada iraniana Shirin Ebadi, 56, que foi a preferida pelo Comitê Nobel.
"Sei que ela certamente mereceu e a felicito calorosamente", declarou Jakub Hladik, secretário de Vaclav Havel.
Um número considerável de especialistas nas deliberações do Comitê Nobel acreditava que Habel, considerado um "herói" da luta contra o comunismo no Leste Europeu nas décadas de 70 e 80 tinha neste ano grandes chances de ver consagrada a obra de toda sua vida a serviço dos direitos humanos.
Ebadi venceu hoje o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho na defesa dos direitos humanos e na promoção da democracia. Ela é a 11ª mulher a ser consagrada com o prêmio desde 1901.
"Como advogada, juíza, professora, escritora e militante, [Ebadi] atuou claramente e com decisão em seu país, Irã, e muito mais além de suas fronteiras", afirmou o Comitê Nobel, durante o anúncio oficial.
Candidatos
Ebadi foi escolhida entre um grupo de 165 candidatos, entre eles Havel, o papa João Paulo 2º e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O prêmio, que será entregue em Oslo (Noruega) no dia 10 de dezembro, é dotado de 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,32 milhões).
Ebadi defende a reforma do islamismo e é partidária de uma nova interpretação da lei islâmica em harmonia com os direitos humanos, como a democracia, a igualdade ante a lei, a liberdade de religião e de expressão. Como juíza, participou de processos muito controversos no Irã e defendeu familiares de escritores e intelectuais assassinados entre 1999 e 2000.
Em 1974, Ebadi foi a primeira mulher a tornar-se juíza no Irã, mas teve de deixar o cargo depois da Revolução Islâmica de 1979. Os dirigentes religiosos decretaram na época que as mulheres eram emotivas demais para dirigir um tribunal.
Posteriormente, ela atuou na defesa dos direitos das mulheres e das crianças em uma sociedade muçulmana ultraconservadora e dava ajuda jurídica às pessoas perseguidas, apesar das ameaças que sofria das autoridades.
Com agências internacionais
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