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13/11/2003
-
18h26
da France Presse, em Bogotá
O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, sofreu a maior crise de seu mandato. Em apenas uma semana, três ministros, o comandante das Forças Militares e o diretor da polícia renunciaram, em meio a uma tormenta política que o governo deu por encerrada.
"Por enquanto, não há mais movimentos no governo. A tormenta já passou", anunciou hoje o secretário de imprensa da Casa Presidencial, Ricardo Galán.
Em uma mensagem interpretada como um apelo à calma, Uribe solicitou ontem que todos os integrantes do governo se concentrassem em seus trabalhos.
A onda de demissões começou há exatamente uma semana, com a renúncia do ministro do Interior e da Justiça, Fernando Londoño, considerado o homem forte do governo de Uribe.
Londoño apresentou sua renúncia 24 horas depois de ter desatado uma polêmica no país, ao afirmar que o presidente se demitiria do seu cargo e anteciparia eleições em caso de perda de seu apoio político.
Estas declarações provocaram um escândalo tão grande que o próprio Uribe foi obrigado a desmentir as palavras de seu ministro do Interior, que em seguida apresentou sua demissão.
Demissões
Três dias depois, a ministra da Defesa, Marta Lucía Ramírez, renunciou de forma imprevista por causa de divergências com a cúpula castrense sobre a administração do orçamento militar.
Uribe designou respectivamente, para substituir Londoño e Ramírez, Sabas Pretelt e Jorge Uribe, dois empresários com pouca experiência política.
A situação colombiana piorou na terça-feira (11) com a demissão da ministra do Meio Ambiente, Cecilia Rodríguez, e o diretor da Polícia Nacional, o general Teodoro Campo. A renúncia deste último, e de outros quatro generais, ocorreu em meio a uma onda de escândalos de corrupção na instituição.
Ontem, o comandante das Forças Militares, o general Jorge Mora, também apresentou sua renúncia.
As demissões aumentaram o clima de incerteza que paira sobre o país, favorecido pelo silêncio de Uribe, que até o momento não deu qualquer explicação pública para a sucessão de renúncias.
Crise
Segundo analistas e dirigentes políticos, a onda de demissões constitui a pior crise política dos 15 meses de governo de Uribe, que começou após a rejeição pela população colombiana, em 25 de outubro, das reformas políticas e fiscais incluídas no referendo promovido intensamente pelo presidente da Colômbia.
"A forma com a qual o governo de Uribe lidou com a derrota do referendo favoreceu uma percepção de falta de rumo", disse o ex-chanceler colombiano Rodrigo Pardo.
"Todas estas renúncias por motivos confusos demonstraram que o presidente não controla um governo que não é totalmente transparente para a maioria dos colombianos", disse o senador Héctor Helí Rojas.
Ao assumir o cargo, em agosto de 2002, Uribe havia prometido manter seus ministros durante os quatro anos de seu mandato. No entanto, com as demissões de Ramírez, Londoño e Rodríguez, chega a quatro o número de ministros que renunciaram, incluindo Roberto Junguito, titular da Fazenda, que se demitiu em junho passado.
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Após renúncias, governo colombiano diz que crise acabou
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O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, sofreu a maior crise de seu mandato. Em apenas uma semana, três ministros, o comandante das Forças Militares e o diretor da polícia renunciaram, em meio a uma tormenta política que o governo deu por encerrada.
"Por enquanto, não há mais movimentos no governo. A tormenta já passou", anunciou hoje o secretário de imprensa da Casa Presidencial, Ricardo Galán.
Em uma mensagem interpretada como um apelo à calma, Uribe solicitou ontem que todos os integrantes do governo se concentrassem em seus trabalhos.
A onda de demissões começou há exatamente uma semana, com a renúncia do ministro do Interior e da Justiça, Fernando Londoño, considerado o homem forte do governo de Uribe.
Londoño apresentou sua renúncia 24 horas depois de ter desatado uma polêmica no país, ao afirmar que o presidente se demitiria do seu cargo e anteciparia eleições em caso de perda de seu apoio político.
Estas declarações provocaram um escândalo tão grande que o próprio Uribe foi obrigado a desmentir as palavras de seu ministro do Interior, que em seguida apresentou sua demissão.
Demissões
Três dias depois, a ministra da Defesa, Marta Lucía Ramírez, renunciou de forma imprevista por causa de divergências com a cúpula castrense sobre a administração do orçamento militar.
Uribe designou respectivamente, para substituir Londoño e Ramírez, Sabas Pretelt e Jorge Uribe, dois empresários com pouca experiência política.
A situação colombiana piorou na terça-feira (11) com a demissão da ministra do Meio Ambiente, Cecilia Rodríguez, e o diretor da Polícia Nacional, o general Teodoro Campo. A renúncia deste último, e de outros quatro generais, ocorreu em meio a uma onda de escândalos de corrupção na instituição.
Ontem, o comandante das Forças Militares, o general Jorge Mora, também apresentou sua renúncia.
As demissões aumentaram o clima de incerteza que paira sobre o país, favorecido pelo silêncio de Uribe, que até o momento não deu qualquer explicação pública para a sucessão de renúncias.
Crise
Segundo analistas e dirigentes políticos, a onda de demissões constitui a pior crise política dos 15 meses de governo de Uribe, que começou após a rejeição pela população colombiana, em 25 de outubro, das reformas políticas e fiscais incluídas no referendo promovido intensamente pelo presidente da Colômbia.
"A forma com a qual o governo de Uribe lidou com a derrota do referendo favoreceu uma percepção de falta de rumo", disse o ex-chanceler colombiano Rodrigo Pardo.
"Todas estas renúncias por motivos confusos demonstraram que o presidente não controla um governo que não é totalmente transparente para a maioria dos colombianos", disse o senador Héctor Helí Rojas.
Ao assumir o cargo, em agosto de 2002, Uribe havia prometido manter seus ministros durante os quatro anos de seu mandato. No entanto, com as demissões de Ramírez, Londoño e Rodríguez, chega a quatro o número de ministros que renunciaram, incluindo Roberto Junguito, titular da Fazenda, que se demitiu em junho passado.
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