Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
01/12/2009 - 11h46

Diante de racha, países ibero-americanos pedem diálogo nacional em Honduras

Publicidade

da Folha Online

Os líderes dos países que participam da 19ª Cúpula Ibero-americana, incluindo o Brasil, respaldaram nesta terça-feira uma declaração da Presidência de Portugal, país sede do evento, que condena o golpe de Estado em Honduras e pede um "diálogo nacional".

A assinatura foi anunciada pelo primeiro-ministro português, José Socrates, após o fracasso dos países em chegarem a um consenso para um texto conjunto sobre a crise em Honduras.

Segundo fontes da delegação espanhola, os líderes ibero-americanos não conseguiram vencer o racha --que divide a América Latina-- entre os países que apoiam a eleição como única saída viável à crise política em Honduras, após cinco meses de negociações fracassadas, e aqueles que criticam o pleito como legitimização do golpe, já que o presidente deposto Manuel Zelaya não foi restituído.

Diante do impasse, explicaram as fontes, as partes decidiram não prolongar as negociações e encerrar a sessão plenária da cúpula.

Isoladamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve o duro discurso e reafirmou nesta terça-feira que o Brasil não reconhecerá as eleições de Honduras nem conversará com o vencedor, Porfirio Lobo, ao deixar Estoril antes do encerramento da Cúpula Ibero-Americana, com direção a Kiev.

Indagado se o Brasil vai reconhecer Lobo como presidente de Honduras, Lula negou, assim como descartou a possibilidade de o governo brasileiro vir a conversar com o novo presidente eleito no domingo. "Esse cidadão tem o direito de fazer as gestões que considerar necessárias. Se acontecer algo novo, vamos ver, vamos esperar. O problema agora é muito mais de Honduras do que do Brasil".

Sobre a advertência lançada na véspera pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias, contra a "dupla moral" de reconhecer as eleições iranianas e não reconhecer as hondurenhas, em uma clara alusão ao Brasil, Lula respondeu que "são duas coisas diferentes".

"O presidente do Irã participou nas eleições e obteve 62% dos votos, a Constituição não foi violada. É diferente de uma pessoa que deu um golpe repudiado por todos os países, pela OEA, que colocaram condições estabelecidas pelo próprio presidente da Costa Rica, que era a volta ao poder do presidente Zelaya".

"O golpista atuou cinicamente, convocou eleições para as quais não tinha direito. Não se pode fazer concessões a um golpista", enfatizou.

"É um assunto de bom senso, uma questão de princípios, não podemos compactuar com o vandalismo político na América Latina", enfatizou Lula.

Sobre o que acontecerá com Manuel Zelaya, refugiado na embaixada brasileira desde 27 de setembro, Lula expressou seu desejo de que Honduras "tome a decisão de permitir que Zelaya volte à normalidade". "A melhor coisa seria Zelaya voltar para casa, mas é preciso ter garantias constitucionais, do governo, da OEA, e isso tem que acontecer rapidamente", acrescentou.

Consenso

A respeito do fato de que os presidentes que assistiram à cúpula não conseguiram chegar a um acordo numa declaração comum sobre Honduras, Lula disse que "não é necessário ter uma posição comum".

"Não somos uma instância de deliberação sobre Honduras nem sobre outra coisa qualquer. Se a cúpula tivesse sido convocada para discutir Honduras, eu não teria vindo. Eu vim porque me interessa o tema da cúpula, inovação e conhecimento".

Com agências internacionais

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
avalie fechar
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
avalie fechar
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (5675)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página