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08/12/2009 - 13h37

Nova estratégia no Afeganistão viabiliza vitória, diz general dos EUA

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da Folha Online

Os Estados Unidos conseguirão implantar sua nova estratégia para o Afeganistão e cumprir a sua missão naquele país, mas isso será "inegavelmente difícil" e caro, disse o general Stanley McChrystal, o comandante das tropas americanas no Afeganistão, nesta terça-feira, em uma audiência no Congresso do país.

Foi a primeira vez que ele falou em público desde que afirmou em um relatório, revelado em agosto passado, que a missão falharia se não houvesse reforço nas tropas. Hoje, ele elogiou a decisão do presidente Barack Obama de enviar 30 mil homens mais para o conflito. A Otan (aliança militar ocidental) também afirmou que enviará quase 7.000.

Harry Hamburg/AP
O enviado a Cabul, Karl Eikenberry (à esq.), e o general Stanley McChrystal chegam para audiência no Congresso americano
O enviado a Cabul, Karl Eikenberry (à esq.), e o general Stanley McChrystal chegam para audiência no Congresso americano

"Nós podemos cumprir essa missão. [...] Nesta época, no ano que vem... estará claro para nós que a insurgência perdeu o seu momento", disse. "E, mais ou menos no verão de 2011, estará claro para o povo afegão que a insurgência não vai vencer, dando a eles uma chance de cooperar com seu governo."

Conforme o general, os reforços, que deverão chegar ainda no primeiro semestre do ano que vem, irão reverter a recente escalada do grupo radical islâmico Taleban e cortar os laços dele com a população civil afegã. Desta forma, os americanos mostrarão que "não só queremos protegê-los, como podemos".

O enviado dos EUA a Cabul, Karl Eikenberry, também compareceu nesta terça-feira perante o Congresso. Há algum tempo, ele havia enviado a Obama um memorando no qual afirmava questionar o envio de mais tropas ao Afeganistão antes de o governo afegão adotar métodos efetivos de combate à corrupção. Perante o Congresso, o enviado suprimiu as críticas e disse apoiar "totalmente" a nova estratégia.

"O general McChrystal e eu estamos unidos em um esforço no qual equipes civis e militares irão trabalhar juntas todos os dias, literalmente lado a lado, muitas vezes, com os parceiros afegãos e aliados", disse.

Comentários dos leitores
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
Nao irá demorar , como alguns já disseram, o povo afegao irá perceber a ameaça....os interesses dos EUA E ALIADOS nao passa de interesses economicos num pais governado por corrupto e 'súdito dos BUSH. Obama demonstrou no seu nobel da paz a sua preferencia pela guerra. ORWEL estaria dando risadas pela contradicao que estamos assistindo no mundo. O premio da paz, faz e defende a guerra. E com certeza teremos insurgencias dos soldados afegaos para o combate contra o invansor. O episódio nao foi um incidente... foi um revide. Em breve teremos um reviravolta do povo afegao. Teremos muitas insurgencias das tropas para defender o pais do invasores... é só esperar para ver...está saindo do controle.... sem opinião
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Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Gostaria de aproveitar esta notícia para parabenizar o tão respeitado prêmio Nobel, por conceder um prêmio Nobel da Paz a uma pessoa que um mês depois de receber o prêmio envia mais 30.000 soldados ao Afeganistão e agora quer mais US$ 163 bilhoes (R$308 bilhoes) para fazer guerra.
O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
26 opiniões
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Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
E viva a alta tecnologia!.Será que os pretensos "donos do mundo" ,que se dizem tão evoluídos.não conseguem identificar quem é quem no campo de batalha?. O "fogo amigo" não é raro em áreas que os U.S.A atuam,bastar acompanhar os noticiários,estão longe de ser o que apresentam nos filmes, para iludir os tolos de cabeça fraca. Vão perder essa guerra,a do iraque e terão de botar o rabo entre as pernas e cuidar de seus próprios assuntos.Essa de "xerife do mundo" não é mais viável, essas guerras e intervenções a tempos vêm exaurindo o país - e seus contribuintes (manipulados pelo governo mentiroso) - a derrocada é inevitável.Até o próximo século as coisas serão bem diferentes,espero para melhor. Os U.S.A quiseram ser uma nova Roma,mas não conseguiram e nunca conseguirão seu intento. Falando em Roma,esse império governou por 1.000 anos e os U.S.A?. 55 opiniões
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