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09/12/2003 - 23h06

ELN diz que não libertará reféns estrangeiros antes do Natal

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da France Presse, em Bogotá (Colômbia)

A guerrilha do ELN (Exército de Libertação Nacional) anunciou hoje que não vai soltar antes do Natal quatro israelenses e um britânico mantidos como reféns desde 12 de setembro no norte da Colômbia, alegando que o Exército da Colômbia realiza operações na zona, informou a Igreja Católica.

"Devido à sabotagem do governo, não existem condições de segurança para adiantar as libertações antes do Natal, como é nosso desejo. Responsabilizamos o governo pelo que possa acontecer", afirma uma nota entregue à agência de notícias France Presse por uma comissão da Igreja Católica, que negocia a entrega dos reféns.

Em seu comunicado, o Comando Central (Coce) do ELN se dirigiu aos governos inglês e israelense, afirmando que "as vidas de seus cidadãos detidos foram postas em risco de maneira irresponsável por parte do Exército colombiano, ao adiantar ações ofensivas em Sierra Nevada de Santa Marta".

"Depois da libertação do cidadão basco e da cidadã alemã, o Exército teve o atrevimento de realizar um desembarque de tropas na área da libertação e tomar como prisioneiros camponeses que vivem na zona", diz a nota do Coce.

Sabotagem

"Com isso, o governo sabotou o excelente trabalho que vem sendo feito pela Igreja e a Defensoria do Povo para facilitar a libertação dos detidos, assim como para atender à crise humanitária sofrida pelos moradores da região", acrescenta a nota.

O comitê da igreja tinha anunciado que o ELN libertaria todos os detidos antes do Natal, depois de, em 24 de novembro passado, ter entregue a alemã Reinhilt Weigel e o espanhol Azier Huegun Etxeberria a uma comissão humanitária em um ponto não especificado de Sierra Nevada de Santa Marta.

"Eles nos enviaram um comunicado informando que não vão libertar antes do Natal, mas estamos procurando uma solução. Não fechamos as portas do diálogo", declarou monsenhor Héctor Fabio Henao, membro da comissão eclesiástica que intermedia as negociações.

O ELN disse ter cometido o sequestro para chamar a atenção sobre a crise humanitária dos habitantes de Sierra Nevada, que, segundo os rebeldes, estão cercados pelos paramilitares e o Exército.

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