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18/12/2009 - 13h08

Paquistão registra ataques suicida e militar; ao menos 13 morreram

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da Folha Online

Dois ataques --um suicida, outro militar-- deixaram ao menos 13 mortos, no Paquistão, nesta sexta-feira. O ataque suicida, feito com um carro-bomba, matou ao menos dez pessoas --na maioria, policiais-- perto de uma mesquita, no distrito de Baixo Dir. Já o militar, que usou mais uma vez aviões não tripulados, ocorreu em um distrito tribal de Waziristão do Norte, o reduto dos militantes islâmicos do Taleban na fronteira com o Afeganistão.

O ataque à mesquita ocorreu na saída dos fiéis, após as orações de sexta-feira. Segundo a máxima autoridade policial do Baixo Dir, citada pela TV Express, o atentado ocorreu por volta das 13h30 locais (5h30 no horário de Brasília), na cidade de Timergara. A explosão destruiu 20 veículos e danificou alguns edifícios próximos. Além de matar dez pessoas, feriu outras 28, segundo informações do hospital local.

O atentado na mesquita ainda não foi reivindicado por nenhum grupo, mas a maioria daqueles que deixaram mais de 2.700 mortos no país desde 2007 foi feita pelo Movimento dos Talebans do Paquistão (TTP), aliado da rede terrorista Al Qaeda.

O ataque militar foi o terceiro, em apenas dois dias, com aviões não tripulados atribuídos aos EUA. Fontes afegãs citadas pela agência de notícias France Presse afirmaram que o ataque foi em Datakhel, uma aldeia situada a 30 km a oeste da cidade de Miranshah. Desta vez, pelo menos três supostos talebans morreram. Segundo a agência Reuters, porém, o número pode chegar a seis.

Dois ataques similares nesta quinta-feira deixaram ao menos 14 mortos na mesma região do Paquistão. Todos militantes talebans, segundo as fontes de segurança.

*Aviões

Os militares americanos não confirmam ataques de aviões não tripulados, mas suas Forças Armadas e a CIA (agência de inteligência americana), que operam no Afeganistão, são as únicas que têm estas aeronaves na região.

Oficialmente, Islamabad nega que autorize os ataques de aviões não tripulados e chegou diversas vezes a criticá-los por ameaçar civis e romper com a soberania nacional. Fontes paquistanesas e dos EUA, contudo, afirmam que existe um consentimento tácito e que os serviços de inteligência dos dois países compartilham informação sobre os alvos.

Os agentes de combate ao terrorismo nos EUA veem nestes ataques uma forma eficiente de combater grupos terroristas e prejudicar suas operações, sem colocar em risco agentes do país.

Com poucas opções de ferramentas para enfrentar militantes escondidos em áreas tribais remotas e regiões montanhosas, o programa de aviões não tripulados encontra apoio no Congresso e foi significativamente ampliado no governo de Barack Obama --que já realizou mais destes ataques do que nos oito anos do governo de George W. Bush.

Comentários dos leitores
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
Nao irá demorar , como alguns já disseram, o povo afegao irá perceber a ameaça....os interesses dos EUA E ALIADOS nao passa de interesses economicos num pais governado por corrupto e 'súdito dos BUSH. Obama demonstrou no seu nobel da paz a sua preferencia pela guerra. ORWEL estaria dando risadas pela contradicao que estamos assistindo no mundo. O premio da paz, faz e defende a guerra. E com certeza teremos insurgencias dos soldados afegaos para o combate contra o invansor. O episódio nao foi um incidente... foi um revide. Em breve teremos um reviravolta do povo afegao. Teremos muitas insurgencias das tropas para defender o pais do invasores... é só esperar para ver...está saindo do controle.... sem opinião
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Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Gostaria de aproveitar esta notícia para parabenizar o tão respeitado prêmio Nobel, por conceder um prêmio Nobel da Paz a uma pessoa que um mês depois de receber o prêmio envia mais 30.000 soldados ao Afeganistão e agora quer mais US$ 163 bilhoes (R$308 bilhoes) para fazer guerra.
O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
26 opiniões
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Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
E viva a alta tecnologia!.Será que os pretensos "donos do mundo" ,que se dizem tão evoluídos.não conseguem identificar quem é quem no campo de batalha?. O "fogo amigo" não é raro em áreas que os U.S.A atuam,bastar acompanhar os noticiários,estão longe de ser o que apresentam nos filmes, para iludir os tolos de cabeça fraca. Vão perder essa guerra,a do iraque e terão de botar o rabo entre as pernas e cuidar de seus próprios assuntos.Essa de "xerife do mundo" não é mais viável, essas guerras e intervenções a tempos vêm exaurindo o país - e seus contribuintes (manipulados pelo governo mentiroso) - a derrocada é inevitável.Até o próximo século as coisas serão bem diferentes,espero para melhor. Os U.S.A quiseram ser uma nova Roma,mas não conseguiram e nunca conseguirão seu intento. Falando em Roma,esse império governou por 1.000 anos e os U.S.A?. 55 opiniões
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