Publicidade
Publicidade
Senadores dos EUA defendem ataques com aviões não tripulados no Paquistão
Publicidade
da Reuters, em Islamabad (Paquistão)
da Folha Online
Senadores dos Estados Unidos defenderam nesta sexta-feira os bombardeios com aviões não tripulados no Paquistão, um tema delicado na relação entre os países e que deve causar ainda mais atritos em um momento em que Washington intensifica os ataques para caçar insurgentes depois do atentado contra a CIA (agência de inteligência) no Afeganistão.
Os militares americanos não confirmam ataques de aviões não tripulados, mas suas Forças Armadas e a CIA, que operam no Afeganistão, são as únicas que têm estas aeronaves na região.
Oficialmente, Islamabad nega que autorize os ataques de aviões não tripulados e chegou diversas vezes a criticá-los por ameaçar civis e romper com a soberania nacional. O Paquistão pede que Washington forneça aviões-robôs para que as próprias forças paquistanesas realizem os bombardeios que acharem necessários.
Fontes paquistanesas e dos EUA, contudo, afirmam que existe um consentimento tácito e que os serviços de inteligência dos dois países compartilham informação sobre os alvos.
"Não concordamos em todas as questões. Acreditamos, conforme declarei e conforme nosso governo declarou, que esta é uma das muitas ferramentas que precisamos usar para tentar derrotar um inimigo muito determinado e terrível", disse o senador republicano John McCain, que perdeu a disputa pela Casa Branca parta o atual presidente Barack Obama.
O assunto dos aviões não tripulados foi abordado quando uma delegação de senadores dos EUA, liderada pelo ex-candidato a presidente McCain, se encontrou na quinta-feira com o presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari.
A delegação se encontrou também com o primeiro-ministro Yusuf Raza Gilani e com o chefe do Exército, general Ashfaq Kayani --a autoridade mais importante, já que cabe aos militares tomarem decisões sobre segurança e, na prática, estabelecer a política externa.
Os agentes de combate ao terrorismo nos EUA veem nestes ataques uma forma eficiente de combater grupos terroristas e prejudicar suas operações, sem colocar em risco agentes do país.
Com poucas opções de ferramentas para enfrentar militantes escondidos em áreas tribais remotas e regiões montanhosas, o programa de aviões não tripulados encontra apoio no Congresso e foi significativamente ampliado no governo de Obama --que já realizou mais destes ataques do que nos oito anos do governo de George W. Bush.
Alvos
Os EUA já realizaram vários bombardeios com aviões-robôs no Paquistão desde o atentado suicida cometido por um agente duplo em uma base da CIA, no sudeste afegão, em 30 de dezembro passado, que matou sete funcionários.
O incidente, o segundo mais letal na história da agência, eleva a pressão para que os militares derrotem insurgentes de primeiro escalão refugiados ao longo da fronteira afegã-paquistanesa.
Islamabad critica, no entanto, ataques contra alvos que considera estratégicos, como o grupo militante afegão Haqqani. O Paquistão entende que esse grupo poderia lhe assegurar uma influência no Afeganistão, caso o país veja um crescimento ainda maior da insurgência.
Ao mesmo tempo, o Haqqani, que tem vínculos com a rede terrorista Al Qaeda, figura no topo da lista de alvos dos EUA, e crescem as especulações de que esses militantes poderiam estar ligados ao atentado conta a CIA. Essa divergência mostra como as relações EUA-Paquistão são complexas e delicadas.
Leia mais sobre o Paquistão
- Explosão mata ao menos sete no sul do Paquistão
- Ataque suicida deixa pelo menos três mortos na Caxemira paquistanesa
- Ataque atribuído aos EUA mata ao menos 11 no Paquistão
Outras notícias internacionais
- Brown vê popularidade cair depois de campanha contra sua liderança
- Nevascas causam problemas nos transportes na França e Reino Unido
- Parlamento português aprova casamento gay sem adoção de filhos
Especial
Livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
avalie fechar
avalie fechar