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República Dominicana flexibiliza controle na fronteira para facilitar ajuda ao Haiti
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da Folha Online
O governo da República Dominicana anunciou nesta quinta-feira que flexibilizou as medidas de imigração em relação ao Haiti, para facilitar a entrada de ajuda no país vizinho e a recepção de vítimas do devastador terremoto da última terça-feira. Os dois países dividem a ilha Hispaniola, no Caribe.
A Presidência dominicana informou em comunicado que instruiu os responsáveis pelo controle de imigração que facilitem os processos para os haitianos e outros cidadãos que atravessem a fronteira em busca de ajuda.
Desde o dia do terremoto, o presidente Leonel Fernández, já havia instruído as autoridades de imigração e as Forças Armadas a fazer grandes esforços para facilitar a canalização da ajuda e o auxílio às vítimas, mas inicialmente o governo dominicano também ativou controles migratórios mais rígidos, para impedir uma entrada em massa e ilegal de haitianos ou presidiários que fugiram da penitenciária de Porto Príncipe.
Cerca de 2.000 pessoas gravemente feridas pelo terremoto foram atendidas nesta quarta-feira em três hospitais de Jimaní, na fronteira com a República Dominicana. Ônibus que partiram de Porto Príncipe cruzaram a fronteira com crianças mutiladas e homens, mulheres e idosos com fraturas, o que transformou o panorama dos centros médicos localizados 280 km ao oeste de Santo Domingo.
Os feridos mais graves fizeram em Jimaní apenas uma primeira escala antes de seguir viagem até a capital, onde seriam atendidos em hospitais melhor equipados.
Depois que o governo de Fernández ordenou que os centros de saúde da área de fronteira com o Haiti ficassem disponíveis para atender as vítimas, feridos foram levados a hospitais de outras províncias do oeste dominicano como Barahona. Segundo o Centro de Operações de Emergência (COE), que coordena os trabalhos, 200 pessoas passaram por cirurgias.
Em Jimaní, pequena cidade de 11 mil habitantes localizada na Província de Independência, também foi instalado um posto de controle para coordenar as operações de ajuda humanitária.
Desde o dia do terremoto, o presidente Leonel Fernández, já havia instruído as autoridades de imigração e as Forças Armadas a fazer grandes esforços para facilitar a canalização da ajuda e o auxílio às vítimas, mas inicialmente o governo dominicano também ativou controles migratórios mais rígidos, para impedir uma entrada em massa e ilegal de haitianos ou presidiários que fugiram da penitenciária de Porto Príncipe.
Segundo a Presidência, a República Dominicana, foi a primeira nação a levar ajuda ao vizinho, com alimentos, água, remédios e especialistas em resgate. De acordo com o comunicado, o presidente autorizou ao escritório do Plano Social da Presidência a entrega de 300 mil porções diárias de comida crua, enquanto os Refeitórios Econômicos do Governo estão levando diariamente dez mil rações de alimento pronto ao Haiti.
Também estão sendo enviados caminhões de água, unidades de equipes de mobilização de escombros, especialistas em resgate e oito cachorros treinados para desastres.
O presidente dominicano sobrevoará nesta quinta-feira a cidade de Porto Príncipe para observar as consequências do terremoto. O tremor no Haiti, de magnitude 7, aconteceu às 17h53 (19h53 em Brasília) de terça-feira e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital do país. A Cruz Vermelha do Haiti estima que o número de mortos ficará entre 45 mil e 50 mil. Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro do país, Jean Max Bellerive, havia falado de "centenas de milhares" de mortos.
O Exército brasileiro confirmou que pelo menos 14 militares do país que participam da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) morreram em consequência do terremoto.
A brasileira Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, ligada à Igreja Católica, também morreu no tremor.
Com Efe e France Presse
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