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28/01/2010 - 09h07

Novo presidente pede que EUA ajude Honduras a retornar à OEA

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da France Presse, em Tegucigalpa (Honduras)
da Folha Online

O novo presidente de Honduras, Porfírio Lobo, pediu aos Estados Unidos que o ajude a reintegrar o país na OEA (Organização dos Estados Americanos), da qual o país foi suspenso por voto unânime, pouco depois do golpe de 28 de junho que derrubou Manuel Zelaya da Presidência.

"O que ele busca conosco é a volta de Honduras à OEA, ele entende que exige alguns passos adiante. Não é uma coisa de um dia para outro, mas vai bem encaminhada", disse o representante da diplomacia americana para América Latina, Arturo Valenzuela.

Os membros do organismo interamericano, incluindo os Estados Unidos, condenaram o golpe e exigiram o retorno de Zelaya ao poder. Diante do impasse com o presidente interino, Roberto Micheletti, e o fracasso dos esforços diplomáticos para fazer valer um acordo, parte de seus países-membros decidiu apoiar a eleição de 29 de novembro como caminho para a redemocratização do país. Do outro lado, um grupo liderado pelo brasil, exigia o retorno de Zelaya como pré-condição.

Valenzuela, subsecretário do Departamento de Estado para Assuntos Interamericanos, chegou a Tegucigalpa com seu adjunto, Craig Kelly, e o secretário de Estado para Assuntos Econômicos, Negócios e Energia para América Latina, José W. Fernández, para assistir a posse de Lobo nesta quarta-feira.

Lobo, 62, assumiu o cargo em uma longa cerimônia com pouca presença estrangeira, enquanto Zelaya, partiu para a República Dominicana na qualidade de "convidado distinto".

"Estados Unidos são muito amigos de Honduras, temos uma história conjunta de muito tempo, queremos colaborar no que possamos para trabalhar em temas de interesse comum", disse Valenzuela.

Ele reconheceu ainda que, diante da gestão de Lobo, "a resposta pode não ser imediata". "Isto não vai se solucionar de um dia para outro. Nós estamos vendo com os demais países das Américas como podemos trabalhar juntos para que Honduras volte ao seio da OEA".

Charles Luoma-Overstreet, porta-voz do Departamento de Estado, disse nesta quarta-feira que os EUA reconhecem que ainda há trabalho a fazer "para promover a reconciliação nacional e melhorar a situação dos direitos humanos em Honduras", após o golpe de Estado.

Os EUA consideram que a declaração de Lobo sobre a formação de um gabinete presidencial que reflita todo o espectro político hondurenho "é um passo importante nesta direção", acrescentou Luoma-Overstreet.

Além disso, o governo de Washington apoia as declarações de Lobo sobre "o pronto estabelecimento de uma Comissão da Verdade para esclarecer os eventos relativos ao golpe", enfatizou o porta-voz.

Especialistas asseguram que os EUA devem agora pressionar o governo de Lobo a cumprir com seus compromissos e agilizar o restabelecimento da democracia em Honduras.

Lobo assume o poder após vencer as eleições de 29 de novembro, que não foram reconhecidas pela maior parte da comunidade internacional por terem ocorrido sob o governo considerado ilegítimo que assumiu após a deposição, classificada internacionalmente de golpe de Estado, apesar do endosso das instituições hondurenhas.

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
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sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
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John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
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