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30/01/2010 - 11h44

Desculpas refletem interesse de Honduras em reconciliação, diz Azeredo

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MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), afirmou neste sábado que o pedido de desculpas do governo de Honduras ao Brasil por ter barrado e deportado a consulesa brasileira Francisca Francinete de Melo demonstra mais uma vez o interesse do país em retomar as relações diplomáticas.

Na avaliação de Azeredo, o governo brasileiro precisa reconhecer que errou na condução da crise e tentar uma reaproximação, reconhecendo a legitimidade do governo de Porfírio Lobo.

"É claro que o governo de Honduras tem o interesse em retomar a relação diplomática com o Brasil, até pelo prestígio que o nosso país tem recebido da comunidade internacional. Agora, o presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva] precisa reconhecer que errou e encontrar uma saída para essa enrascada diplomática que entramos e reconhecer o novo governo hondurenho", disse.

Segundo o presidente da comissão, o Brasil saiu "arranhado" do golpe em Honduras e insistir em não reconhecer o novo governo pode deixar a situação do país mais delicada.

"O Brasil não saiu bem desse episódio. O governo brasileiro deixou de lado a linha diplomática de imparcialidade que costuma seguir e interferiu diretamente na crise e ainda de forma precipitada. Era necessário condenar o golpe no primeiro momento, mas depois as decisões brasileiras foram seguidas por uma série de trapalhadas", afirmou.

O incidente com a consulesa ocorreu na sexta-feira e chefe da agência de imigração hondurenha, Nelson Willy Mejía, acabou destituído do cargo.

Conforme o ministro de Interior e de Justiça, Áfrico Madrid, a diplomata brasileira chegou ao aeroporto Toncontín, da capital Tegucigalpa, em um voo comercial saído de Miami, nos EUA, mas teve a sua entrada negada. Ela acabou enviada de volta para os Estados Unidos.

O ministro disse que a brasileira recebeu um "tratamento indigno" e que, por isso, o responsável hondurenho foi demitido. Madrid ainda disse esperar que a consulesa brasileira expulsa retorne ao país. Antes, ele reconheceu que o episódio "poderia colocar em risco as políticas e a situação internacional de Honduras".

À agência de notícias Efe, uma fonte do setor de imigração hondurenho afirmou que a ordem para impedir a entrada da brasileira partiu da chancelaria do país. O substituto do chefe para imigração deverá ser anunciado nos próximos dias.

Para Madrid, a agência de imigração aparentemente agiu conforme ordens deixadas pelo governo anterior, do presidente interino Roberto Micheletti. Nem o governo de Micheletti e nem o atual, do recém-empossado Porfírio Lobo, são reconhecidos pelo Brasil, para quem Manuel Zelaya, destituído da Presidência em junho do ano passado e exilado na República Dominicana desde a posse de Lobo, sofreu um golpe de Estado.

No auge da crise, Zelaya entrou clandestinamente em Honduras, onde era ameaçado de prisão, e buscou abrigo na embaixada brasileira em Tegucigalpa, o que estremeceu ainda mais as relações entre ambos os países. O hondurenho acabou passando mais de quatro meses na sede diplomática, sob forte cerco militar.

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
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sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
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John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
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