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15/03/2010 - 03h55

Governo tailandês não dissolverá Parlamento como exigem manifestantes

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da Efe, em Bangcoc

O governo da Tailândia não dissolverá o Parlamento, tal como exigem os cerca de 100 mil manifestantes que protestam desde ontem nas ruas de Bangcoc, anunciou hoje em entrevista coletiva o primeiro-ministro do país, Abhisit Vejjajiva.

O chefe do Executivo tailandês ressaltou que seu governo foi formado de forma democrática e que as exigências dos manifestantes não estão de acordo com os princípios democráticos.

"Nosso objetivo é resolver os problemas do país e, portanto, afirmamos que não haverá dissolução do Parlamento e o governo continuará trabalhando em benefício da nação", destacou.

Os manifestantes, já iniciaram uma passeata em direção ao quartel onde se encontra o primeiro-ministro Vejjajiva para exigir a ele que cumpra suas reivindicações. Conhecidos como "camisas vermelhas" por causa da cor que vestem, os manifestantes são seguidores do ex-primeiro-ministro do país, Thaksin Shinawatra, deposto em 2006 e exilado.

O Exército enviou reforços à capital para garantir a segurança durante as manifestações dos "camisas vermelhas", muitos dos quais passaram a noite acampados no centro antigo de Bangcoc, interditaram uma avenida principal que leva ao quartel e estão dispostos a protestar nos locais estratégicos da capital.

O grupo Frente Unida para a Democracia e contra a Ditadura, organizador dos protestos, havia dado ontem um ultimato de 24 horas ao Governo para convocar eleições. Esse prazo expirou ao meio-dia local (2h de Brasília).

Se o governo não ceder, os "camisas vermelhas" ameaçam protestar nos locais estratégicos da capital para paralisar as atividades do governo e dos organismos oficiais.

Apesar da tensão, os protestos seguem de forma pacífica e nem sequer causaram congestionamentos no tumultuado trânsito de Bangcoc, já que muitos trabalhadores ficaram em casa por medo da violência.

Mais 50 mil policiais e soldados foram mobilizados em Bangcoc para evitar que se repitam incidentes similares aos ocorridos em abril passado, quando duas pessoas morreram e cerca de 120 ficaram feridas durante protestos realizados pelos "camisas vermelhas, cujo objetivo eram novas eleições e o retorno de Shinawatra ao país.

O primeiro-ministro Vejjajiva disse à imprensa que seu governo só cogita declarar estado de exceção em Bangcoc caso as manifestações antigovernamentais ponham em risco a segurança.

 

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