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14/04/2010 - 12h59

Itália manifesta solidariedade por terremotos na China

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da Ansa, em Roma

O Ministério das Relações Exteriores da Itália expressou suas condolências frente à série de tremores que atingiram a China hoje, relatando que não há notícias de cidadãos do país entre as vítimas fatais.

Até o momento registram-se 400 mortos, 10 mil feridos e há pelo menos outros 900 ainda soterradas sob os escombros. Os terremotos foram sentidos na remota Província de Qinghai, no noroeste da China.

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O chanceler italiano Franco Frattini enviou uma mensagem a seu homólogo chinês, Yang Jiechi, manifestando a solidariedade de seu governo e falando da proximidade do povo italiano face à tragédia.

"Neste triste momento, o pensamento meu pessoal e do povo italiano, que conheceu com muita proximidade a dor e o sofrimento que desastres similares provocam entre a população, vai em particular às famílias das vítimas, a quem exprimo minhas condolências, e às dos feridos, a quem desejo uma rápida recuperação", escreveu o ministro.

A chancelaria também comunicou que sua Unidade de Crise trabalha em contato com a Embaixada no país no monitoramento da situação, mas que até agora não há informações sobre vítimas italianas.

Resgate

A televisão estatal da China informou nesta quarta-feira que mais de 900 pessoas foram resgatadas com vida dos escombros do Condado de Yushu, na Província de Qinghai, local dos tremores.

"Eu posso ver pessoas feridas por toda parte. O maior problema agora é a falta de barracas, equipamentos, remédios e equipes médicas", disse Zhuohuaxia, citado pela Xinhua.

O governo provincial disse que enviou em caráter de urgência cerca de 5.000 barracas e 10 mil cobertores e casacos para a região montanhosa, onde muitos estão desabrigados em meio ao frio intenso de menos de zero graus na madrugada e em uma altitude de 4.000 metros.

Muitos moradores conseguiram fugir das casas quando o chão começou a tremer, destruindo as casas, templos, postos de gasolina, postes de energia elétrica e o topo de uma pagoda budista em um parque.

A agência Xinhua diz ainda que o tremor causou deslizamentos de terra na região.

"Quase todas as casas feitas de barro e madeira desmoronaram. Houve ainda muita poeira no ar, não conseguíamos ver nada", disse Ren Yu, diretor geral do Hotel Yushu, em Jiegu, a principal área do Condado.

"Houve muito pânico. As pessoas choravam nas ruas. Alguns de nossos funcionários, que estavam reunidos com os parentes, também choravam", contou.

Ren Xiaogang/AP
Mulher ferida é resgatada após série de terremotos que afetou a Província de Qinghai, na China
Mulher ferida é resgatada após série de terremotos que afetou a Província de Qinghai, na China

Mais de cem hóspedes do hotel, que foi relativamente pouco danificado, fora retirados para locais abertos, como praças públicas, disse Ren.

Alguns funcionários do hotel ajudaram nos trabalhos de resgate em outros edifícios da região. "Nós tiramos 70 pessoas, mas algumas delas morreram no caminho do hospital", lamentou.

A televisão estatal afirma que ao menos 900 pessoas foram retiradas com vida dos escombros, mas não dá detalhes sobre onde estas pessoas estavam.

Destruídas

Algumas pontes e estradas ao redor de Yushu racharam ou foram destruídas completamente, o que complica os esforços de resgate. O aeroporto está aberto, mas a estrada que o liga ao condado foi seriamente danificada.

O planalto do Tibete é frequentemente atingido por terremotos, apesar do número de vítimas ser normalmente pequeno, por poucas pessoas viverem na região. Cerca de 100 mil pessoas vivem em Yushu, espalhadas por uma vasta área, mas o terremoto atingiu uma região relativamente povoada.

O presidente Hu Jintao e o premiê Wen Jiabao exigiram que nenhum esforço seja poupado no resgate das vítimas. O vice-premiê Hui Liangyu foi enviado a Qinghai para coordenar os esforços.

Tremores

Arte/Folha

O primeiro terremoto, de magnitude 5, atingiu a região de Qinghai às 18h40 desta terça-feira, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitora a atividade sísmica mundial. O tremor teve profundidade de 18,9 km e epicentro a 230 km de Qamdo, na região do Tibete.

Desde então, outros cinco tremores atingiram o mesmo local. O mais forte deles foi registrado com magnitude 6,9 e atingiu a mesma região às 20h49, também segundo o USGS. O instituto afirma que o tremor foi registrado a uma profundidade de apenas 10 km e epicentro a 240 km de Qamdo.

A agência de notícias Xinhua cita funcionários do Centro de Terremotos da China dizendo que ao menos 18 réplicas --tremores secundários-- foram registrados e que mais terremotos de magnitude maior do que 6 são esperados nos próximos dias.

Qinghai é habitada principalmente por tibetanos, mongóis, hui (muçulmanos) e chineses da etnia majoritária han.

Esta foi uma das zonas afetadas pelo terremoto que, em maio de 2008, atingiu o norte da vizinha Província de Sichuan, deixando cerca de 87 mil mortos e desaparecidos. Entre as vítimas estavam milhares de estudantes de escolas primárias.

Cinco milhões de pessoas perderam suas casas no tremor e as autoridades estimaram que o trabalho de reconstrução levaria três anos.

Com agências internacionais

 

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