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Comissão publica relatório sobre morte de Benazir Bhutto, ex-premiê do Paquistão
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da Efe
Uma comissão independente da ONU (Organização das Nações Unidas) deve apresentar hoje à tarde, às 17h30 (horário de Brasília), ao secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, o relatório sobre o assassinato da ex-primeira-ministra do Paquistão, Benazir Bhutto, morta em 2007 após retornar de um período exilada.
A comissão, dirigida pelo embaixador do Chile na ONU, Heraldo Muñoz, concluiu o documento há duas semanas e esperava apresentar os resultados no dia 30 de março.
No entanto, a pedido do governo paquistanês, receoso com distúrbios políticos que podem ocorrer no país após a indicação dos detalhes sobre a responsabilidade do assassinato, o secretário Ban Ki-moon decidiu atrasar a publicação para hoje.
Assim que o relatório for apresentado, terá que ser transmitido para as autoridades de Islamabad, capital paquistanesa, assim como para os países do Conselho de Segurança da ONU.
O governo do presidente do Paquistão, Asif Alí Zardari, viúvo de Bhutto, já tinha pedido no dia 31 de dezembro que a apresentação do documento fosse prorrogada por três meses, até o fim do mandato da comissão.
Desde o começo do trabalho em julho do ano passado a equipe de investigadores liderada pelo embaixador do Chile entrevistou várias personalidades, incluindo o ex-presidente deposto Pervez Musharraf, mas quase não visitou o país devido aos contínuos ataques terroristas.
O trabalho também foi prejudicado pela suposta reticência do governo paquistanês em conceder acesso a altos cargos militares do país, segundo a imprensa do Paquistão.
Morte
Bhutto morreu aos 54 anos em um atentado terrorista no fim de um comício no dia 27 de dezembro de 2007, na cidade de Rawalpindi, pouco depois de retornar ao Paquistão após um longo exílio.
O pouco êxito na hora de esclarecer os fatos contribuiu para engrandecer o mistério e alimentar teorias de conspirações em torno de sua morte.
A Scotland Yard, agência de inteligência do Reino Unido, já investigou a morte da ex-primeira-ministra e determinou que ela morreu após ser golpeada na cabeça depois que um homem-bomba se explodiu -- a mesma conclusão da Polícia paquistanesa.
No entanto, a família de Bhutto e seu partido, o Partido Popular do Paquistão, defendem que a ex-primeira-ministra morreu por disparos efetuados antes da explosão e denunciam um suposto envolvimento dos serviços secretos do país
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