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06/05/2010 - 10h14

Vento afasta cinzas vulcânicas e aeroportos irlandeses voltam a operar

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da Reportagem Local

A Irlanda retirou nesta quinta-feira todas as restrições aos seus aeroportos após ventos levarem a nuvem de cinzas do vulcão islandês para fora da Europa. As cinzas causaram um caos aéreo na Europa em meados de abril, com o cancelamento de mais de 100 mil voos. Nos últimos dois dias, uma nova nuvem fechou parte do tráfego aéreo na Irlanda e na Escócia.

A Autoridade Irlandesa de Aviação (IAA, na sigla em inglês) disse esperar que os aeroportos do país, que começaram a reabrir à meia-noite (horário de Brasília), sigam funcionando até segunda ordem.

As restrições para o Reino Unido, onde os aeroportos escoceses foram fechados, também foram levantadas.

"Os ventos estão soprando as cinzas para fora da Irlanda e da Europa, e as cinzas vulcânicas estão mais altas na atmosfera hoje do que nos dias anteriores', disse a IAA em comunicado. "Isso pode afetar rotas de voos transatlânticos, mas não suspenderá os serviços."

Nesta quarta-feira, dezenas de milhares de viajantes ficaram sem poder decolar na Escócia, Irlanda do Norte e na Irlanda por conta da anulação de seus voos. Eles foram fechados por conta dos riscos das cinzas serem sugadas para as turbinas das aeronaves.

Os passageiros não tinham certeza de que os aeroportos escoceses seguiam operando e quais tinham fechado, o que foi criticado pelo ministro principal (cargo equivalente ao de primeiro-ministro) da Escócia, o nacionalista Alex Salmond.

Salmond criticou a Autoridade da Aviação Civil britânica por ter publicado uma declaração mais bem "vaga" que parecia dar a entender que estava fechado todo o espaço aéreo escocês, quando os aeroportos de Edimburgo e Aberdeen seguiram operando durante a manhã.

"Alguns voos foram suspensos inutilmente, principalmente os que aterrissariam em Edimburgo, pela vagatura do comunicado de imprensa. Isto não pode voltar a acontecer", disse Salmond.

Caos

A maioria do tráfego aéreo na Europa foi suspenso no mês passado por conta das cinzas expelidas pelo vulcão que fica sob a geleira de Eyjafjallajokull, na Islândia. Cerca de 100 mil voos foram cancelados e milhões de passageiros não conseguiram voar.

As suspensões custaram às companhias aéreas da Europa entre 1,5 bilhão e 2,5 bilhões de euros, segundo estimativas da Comissão Europeia.

As suspensões mais recentes indicam que os problemas podem voltar a acontecer durante a temporada de viagens das férias de verão no hemisfério Norte, por conta das cinzas expelidas pelo mesmo vulcão.

O diretor-executivo da Autoridade da Aviação Civil, Andrew Haines, advertiu ontem à noite que a nuvem de cinza vulcânica pode voltar a causar transtornos no espaço aéreo britânico durante algum tempo.

"A situação no espaço aéreo do Reino Unido, sobretudo no norte e na Escócia não tem precedentes. As cinzas vulcânicas representam um perigo para a aviação e o procedimento aceito no mundo todo é evitá-las totalmente", explicou.

'Quando as cinzas superarem os níveis considerados seguros, seremos obrigados a restringir os voos", explicou Haines, que assegurou que "não é uma decisão tomada superficialmente".

Com agências internacionais

 

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