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10/05/2010 - 22h11

Gêmeo de presidente polonês morto avança em pesquisa eleitoral

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da Reuters, em Varsóvia

O líder oposicionista Jaroslaw Kaczynski, irmão gêmeo do presidente polonês morto num acidente aéreo em abril, está crescendo na campanha para a eleição presidencial de 20 de junho, segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira.

Polônia terá eleições com dez candidatos à Presidência
Governo russo investiga queda de avião presidencial polonês
Irmão gêmeo de presidente morto decide concorrer às eleições na Polônia

Peter Andrews-30ago.05/Reuters
Jaroslaw Kaczynski (dir.) vai concorrer à Presidência vaga após a morte de seu irmão gêmeo Lech (esq.) em um acidente aéreo
Jaroslaw Kaczynski (dir.) vai concorrer à Presidência vaga após a morte de seu irmão gêmeo Lech (esq.) em um acidente aéreo

Desde 10 de abril, quando o avião do presidente Lech Kaczynski caiu na Rússia, o cargo está sendo ocupado interinamente pelo presidente do Parlamento, Bronislaw Komorowski, que também é favorito na eleição que escolherá o novo titular da Presidência. Ele tem apoio do primeiro-ministro Donald Tusk, do partido centrista Plataforma Cívica.

As pesquisas indicam a vitória do candidato do Plataforma sobre o conservador Kaczynski, do partido Lei e Justiça. Mas um novo levantamento do instituto SMG/KRC, divulgado pelo canal TVN 24, mostra que Kaczynski avançou para 41% das intenções de voto no segundo turno, ainda 14 pontos atrás de Komorowski, mas com um avanço de 7 pontos desde o começo de maio.

Se nenhum candidato obtiver maioria absoluta em 20 de junho, haverá segundo turno duas semanas depois. Tusk já admitiu que dificilmente Komorowski vencerá no primeiro turno.

Risco econômico

A Polônia foi o único país da União Europeia que não entrou em recessão no ano passado, mas Tusk diz que a economia do país correria riscos se Jaroslaw Kaczynski, que foi primeiro-ministro em 2006 e 2007, virar presidente.

"Se perdermos esta eleição podemos nos tornar outro país desestabilizado na Europa. Isso está ameaçando a Grécia hoje, talvez outros Estados da Europa também. Com sorte não (...) a Polônia", disse ele em entrevista publicada nesta segunda-feira no jornal "Gazeta Wyborcza".

"A estabilidade da Polônia, quando se trata de questões econômicas, está lentamente se tornando uma marca registrada na Europa. Mas não podemos nos esquecer que isso é uma novidade. Devemos estar cientes de que essa estabilidade não nos foi dada para sempre. Essas eleições podem ser um momento crítico."

Kaczynski foi primeiro-ministro como parte de uma fracionada coalizão de direita, que desagradou elites políticas e empresariais e abalou as relações do país com União Europeia, Alemanha e Rússia.

Após cair na semana passada, refletindo preocupações dos investidores com a crise grega, a moeda polonesa, o zloty, subiu nesta segunda-feira, junto a outras moedas regionais, por causa do anúncio de um pacote global de US$ 1 trilhão para estabilizar a zona do euro.

 

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