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28/06/2004
-
10h27
da France Presse, em Nova Déli (Índia)
Índia e Paquistão declararam nesta segunda-feira que se comprometem a resolver por meio do diálogo seu conflito de mais de meio século em torno da Caxemira e decidiram normalizar suas relações diplomáticas como mostra de aproximação.
Os dois rivais nucleares tiveram dois dias de "discussões profundas" em torno do tema da Caxemira e "decidiram continuar um diálogo sério e duradouro para chegar a um acordo pacífico e negociado" da divergência sobre o território dividido, disseram Nova Déli e Islamabad em um comunicado conjunto.
O texto foi publicado ao término das conversações em Nova Déli com os secretários-gerais dos Ministérios das Relações Exteriores.
Trata-se das primeiras negociações sobre a questão da Caxemira e dos problemas entre os dois países desde o fracasso de uma cúpula há três anos.
Islamabad e Nova Déli estiveram de novo à beira da guerra seis meses mais tarde, mas reiniciaram no ano passado um processo de normalização de suas relações.
"Os secretários-gerais das Relações Exteriores reiteraram sua esperança de que o diálogo conduzirá a uma solução pacífica de todos os assuntos bilaterais, inclusive o da Caxemira, com satisfação para as duas partes", afirmou o comunicado.
Medidas concretas de confiança foram decididas durante as negociações. As principais são a de reabrir os consulados nas principais cidades e restabelecer o pessoal diplomático ao nível normal de embaixadas.
"Ficou acertado que as equipes das respectivas missões serão restabelecidas imediatamente a seu nível original de 110 pessoas", declarou o comunicado.
Também se concordou, a princípio, em reabrir um consulado geral da Índia em Karachi e um consulado geral do Paquistão em Bombaim, de acordo com modalidades que ainda serão definidas.
O pessoal das embaixadas dos dois países foi reduzido depois da última crise, provocada pelo ataque ao Parlamento indiano em dezembro de 2001 por militantes apoiados, segundo a Índia, pelo Paquistão.
A Caxemira, território com maioria muçulmana dividido entre Índia e Paquistão desde a divisão do subcontinente em 1947, é reivindicada pelos dois países em sua totalidade, o que provocou as três guerras.
Uma insurreição islâmica continuou na parte indiana, e Nova Déli acusa o Paquistão de dar apoio material aos rebeldes que se infiltram em seu território.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Navtej Sarna, declarou que o tema do "terrorismo" foi abordado em Nova Déli.
"Foi assinalado que o terrorismo não é bom nem para a Índia nem para o Paquistão e que devemos trabalhar conjuntamente para fazer desaparecer essa praga entre nós", disse Sarna depois da publicação do comunicado.
Sarna, porém, não precisou quais são as propostas em estudo para resolver a questão da Caxemira.
Especial
Veja o que já foi publicado sobre a Caxemira
Índia e Paquistão sinalizam resolução de conflito da Caxemira
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Índia e Paquistão declararam nesta segunda-feira que se comprometem a resolver por meio do diálogo seu conflito de mais de meio século em torno da Caxemira e decidiram normalizar suas relações diplomáticas como mostra de aproximação.
Os dois rivais nucleares tiveram dois dias de "discussões profundas" em torno do tema da Caxemira e "decidiram continuar um diálogo sério e duradouro para chegar a um acordo pacífico e negociado" da divergência sobre o território dividido, disseram Nova Déli e Islamabad em um comunicado conjunto.
O texto foi publicado ao término das conversações em Nova Déli com os secretários-gerais dos Ministérios das Relações Exteriores.
Trata-se das primeiras negociações sobre a questão da Caxemira e dos problemas entre os dois países desde o fracasso de uma cúpula há três anos.
Islamabad e Nova Déli estiveram de novo à beira da guerra seis meses mais tarde, mas reiniciaram no ano passado um processo de normalização de suas relações.
"Os secretários-gerais das Relações Exteriores reiteraram sua esperança de que o diálogo conduzirá a uma solução pacífica de todos os assuntos bilaterais, inclusive o da Caxemira, com satisfação para as duas partes", afirmou o comunicado.
Medidas concretas de confiança foram decididas durante as negociações. As principais são a de reabrir os consulados nas principais cidades e restabelecer o pessoal diplomático ao nível normal de embaixadas.
"Ficou acertado que as equipes das respectivas missões serão restabelecidas imediatamente a seu nível original de 110 pessoas", declarou o comunicado.
Também se concordou, a princípio, em reabrir um consulado geral da Índia em Karachi e um consulado geral do Paquistão em Bombaim, de acordo com modalidades que ainda serão definidas.
O pessoal das embaixadas dos dois países foi reduzido depois da última crise, provocada pelo ataque ao Parlamento indiano em dezembro de 2001 por militantes apoiados, segundo a Índia, pelo Paquistão.
A Caxemira, território com maioria muçulmana dividido entre Índia e Paquistão desde a divisão do subcontinente em 1947, é reivindicada pelos dois países em sua totalidade, o que provocou as três guerras.
Uma insurreição islâmica continuou na parte indiana, e Nova Déli acusa o Paquistão de dar apoio material aos rebeldes que se infiltram em seu território.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Navtej Sarna, declarou que o tema do "terrorismo" foi abordado em Nova Déli.
"Foi assinalado que o terrorismo não é bom nem para a Índia nem para o Paquistão e que devemos trabalhar conjuntamente para fazer desaparecer essa praga entre nós", disse Sarna depois da publicação do comunicado.
Sarna, porém, não precisou quais são as propostas em estudo para resolver a questão da Caxemira.
Especial
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