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04/09/2000
-
11h47
da France Presse
em Tóquio
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, rechaçou hoje uma petição japonesa de soberania das ilhas Kurilas, segundo fontes oficiais russas, o que adiou mais uma vez a assinatura de um acordo de paz entre os dois países.
Como estava previsto, a disputa territorial envolvendo as Kurilas, anexadas pelos soviéticos nos últimos dias da 2ª Guerra Mundial, dominou a pauta do primeiro encontro entre Putin e o primeiro-ministro japonês, Yoshiro Mori.
Mori propôs que as fronteiras japonesas fossem ampliadas, para que compreendessem as ilhas, conhecidas como Kurilas do sul, na Rússia, e Territórios do norte, no Japão.
"É uma idéia valiosa e bem estudada, mas não corresponde exatamente à idéia russa", disse Putin a Mori, segundo os funcionários japoneses presentes na reunião.
Os dirigentes concordaram em continuar as negociações com base nos acordos existentes. Diante da falta de um compromisso, a oportunidade de assinar um acordo de paz antes do fim do ano, como queriam fazer os dirigentes de ambos os países há três anos, não será aproveitada nesta ocasião.
A disputa, que envolve um território de aproximadamente 5.000 km, impede a assinatura de um tratado de paz desde 1945, mesmo depois que os dois países puseram um fim ao estado de guerra e restabeleceram suas relações diplomáticas, em 1956.
As ilhas de Kunashiri, Etorofu, Shikotan e Habomai contam atualmente com uma população de 16 mil habitantes russos. Os japoneses foram expulsos do local, segundo as estatísticas.
As ilhas, cedidas pela Rússia ao Japão em 1875, são boas para a pesca e possuem uma posição estratégica importante, principalmente para a Rússia, pois permite ao país acesso ao Oceano Pacífico.
O tema das Kurilas continua sendo um assunto delicado no Japão. Nas ruas de Tóquio grupos de militantes de extrema direita exigiram, em alto-falantes, sua devolução, enquanto a polícia bloqueava o acesso a prédios públicos.
Putin e Mori destacaram que houve avanços desde o fim da Guerra Fria, com visitas de japoneses às ilhas e dos insulanos ao Japão, além da abertura de áreas de pesca.
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Rússia nega ao Japão pedido de soberania sobre ilhas
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em Tóquio
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, rechaçou hoje uma petição japonesa de soberania das ilhas Kurilas, segundo fontes oficiais russas, o que adiou mais uma vez a assinatura de um acordo de paz entre os dois países.
Como estava previsto, a disputa territorial envolvendo as Kurilas, anexadas pelos soviéticos nos últimos dias da 2ª Guerra Mundial, dominou a pauta do primeiro encontro entre Putin e o primeiro-ministro japonês, Yoshiro Mori.
Mori propôs que as fronteiras japonesas fossem ampliadas, para que compreendessem as ilhas, conhecidas como Kurilas do sul, na Rússia, e Territórios do norte, no Japão.
"É uma idéia valiosa e bem estudada, mas não corresponde exatamente à idéia russa", disse Putin a Mori, segundo os funcionários japoneses presentes na reunião.
Os dirigentes concordaram em continuar as negociações com base nos acordos existentes. Diante da falta de um compromisso, a oportunidade de assinar um acordo de paz antes do fim do ano, como queriam fazer os dirigentes de ambos os países há três anos, não será aproveitada nesta ocasião.
A disputa, que envolve um território de aproximadamente 5.000 km, impede a assinatura de um tratado de paz desde 1945, mesmo depois que os dois países puseram um fim ao estado de guerra e restabeleceram suas relações diplomáticas, em 1956.
As ilhas de Kunashiri, Etorofu, Shikotan e Habomai contam atualmente com uma população de 16 mil habitantes russos. Os japoneses foram expulsos do local, segundo as estatísticas.
As ilhas, cedidas pela Rússia ao Japão em 1875, são boas para a pesca e possuem uma posição estratégica importante, principalmente para a Rússia, pois permite ao país acesso ao Oceano Pacífico.
O tema das Kurilas continua sendo um assunto delicado no Japão. Nas ruas de Tóquio grupos de militantes de extrema direita exigiram, em alto-falantes, sua devolução, enquanto a polícia bloqueava o acesso a prédios públicos.
Putin e Mori destacaram que houve avanços desde o fim da Guerra Fria, com visitas de japoneses às ilhas e dos insulanos ao Japão, além da abertura de áreas de pesca.
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