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27/12/2004 - 23h45

Maremoto mata ao menos 22 mil no sul da Ásia; equipes fazem buscas

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da Folha Online

O número de mortos no sul da Ásia e na África, após o pior terremoto a atingir o continente asiático nos últimos 40 anos, já passa de 22 mil pessoas. As informações são de agências de notícias internacionais.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha estima que o número de mortos pode chegar a 23.700.

Ontem, o tremor de até 9.0 graus na escala Richter atingiu vários países asiáticos como Bangladesh, Índia, Indonésia, Malásia, Maldivas, Mianmar, Sri Lanka e Tailândia e a Somália, na África.

As mortes foram causadas pelo terremoto e pelos tsunamis [tipo especial de onda oceânica, gerada por distúrbios sísmicos, que possui alto poder destrutivo quando chega à região costeira].

A brasileira Lys Amayo de Benedek D'Avola, conselheira da Embaixada do Brasil na Tailândia, e seu filho de dez anos podem estar entre os mortos na Tailândia. A informação foi dada pelo ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil na Tailândia, Fernando José de Carvalho Lopes, à BBC Brasil, mas não foi confirmada pelo Itamaraty.

Turistas

A tragédia na Ásia atingiu também milhares de turistas que passavam férias nos países varridos pelo maremoto.

Os ministérios do Exterior de vários países e a imprensa divulgaram informações parciais sobre mortos e desaparecidos até o momento.

A Itália calcula que 13 turistas morreram e dezenas estão desaparecidos. O Reino Unido confirma a morte de ao menos 11 pessoas e cerca de 69 feridos. A Noruega calcula ao menos dez mortos, a Suécia, ao menos nove e os Estados Unidos, oito.

A França divulgou um balanço parcial que aponta a morte de seis pessoas.

Água contaminada

De acordo com a Cruz Vermelha, as maiores ameaças aos sobreviventes são agora epidemias de febre tifóide, diarréia, malária, cólera e hepatite.

O coordenador de emergências da ONU (Organização das Nações Unidas), Jan Egeland, advertiu para o risco de epidemias de infecções intestinais e pulmonares que podem ocorrer nos próximos dias.

Em Genebra, a porta-voz da OMS (Organização Mundial da Saúde), Fadela Chaib, disse à agência Reuters que é essencial levar comprimidos para a purificação da água e kits antimalária para as regiões atingidas.

Governos e agências humanitárias de todo o mundo prometeram enviar ajuda financeira e já despacharam equipamento médico de emergência e equipes para a região em torno da baía de Bengala e para a Indonésia.

Tragédia

Segundo o Centro de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos, o terremoto foi o quinto maior já registrado desde 1900 e o maior desde o tremor de 9,2 graus na escala Richter que atingiu o Estado do Alasca em 1964. O foco do tremor foi localizado na costa oeste da ilha de Sumatra, a 1.620 km da capital da Indonésia, Jacarta.

As ondas causadas pelo terremoto se propagaram pelo oceano Índico e pelo mar de Andaman [entre Índia e Tailândia] e chegaram a dez metros de altura. Milhares de pessoas arrastadas pelas águas ou que estavam no mar são consideradas desaparecidas.

Vilarejos de pescadores, hotéis, casas e carros foram varridos pelas ondas, causadas pelo forte terremoto, segundo fontes oficiais ouvidas pela agência de notícias Associated Press.

Locais atingidos

O número de mortos ainda é provisório e deve aumentar com o trabalho das equipes de resgate, mas os três países mais atingidos até o momento são o Sri Lanka, a Índia e a Indonésia.

No Sri Lanka, o número de mortos é de cerca de 11 mil pessoas.

A Indonésia também foi muito castigada pelo maremoto. Segundo o Ministério da Saúde indonésio, cerca de 5.000 pessoas foram mortas no país.

A Índia registrou ao menos 4.000 pessoas morreram, segundo autoridades.

Na Tailândia, 866 pessoas morreram e mais de 7.000 ficaram feridos. O neto de 21 anos de rei Bhumibol Adulyadej morreu.

Na Somália, na África, 4.800 km do epicentro do tremor, 38 pessoas morreram.

Com agências internacionais

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