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29/01/2005 - 18h39

Embaixada dos EUA sofre ataque em Bagdá horas antes de eleição

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da Folha Online

Um disparo de foguete atingiu os arredores da embaixada dos Estados Unidos em Bagdá hoje, matando duas pessoas (um militar e um civil) e ferindo pelo menos outras cinco, todas americanas, segundo o porta-voz do órgão, Bob Callahan. A explosão aconteceu a poucas horas do início das eleições legislativas no Iraque.

A embaixada americana fica na Zona Verde, complexo superprotegido que comporta casas de membros do governo iraquiano, além das embaixadas americana e britânica. Mais cedo, sirenes soaram brevemente na região, mas não foi confirmada a ligação com o ataque à entidade diplomática.

O ataque, de acordo com Callahan, ocorreu próximo do prédio da embaixada americana, mas também atingiu o edifício. O disparo foi o ápice da onda de violência que tomou hoje o Iraque, sendo que outras 17 mortes foram registradas em diferentes ocorrências.

Mais mortes

Um homem-bomba explodiu hoje na cidade de Khanaqin, na região do Curdistão (110 km a noroeste de Bagdá, capital do Iraque), perto da fronteira com o Irã, matando ao menos oito pessoas e deixando sete feridos.

A explosão ocorreu perto de um local de votação, próximo também à sede da Frente Turcomana Iraquiana, um dos partidos que disputará as eleições de amanhã. De acordo com informações do Exército americano, três dos mortos eram soldados iraquianos e cinco eram civis.

O grupo do terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, inimigo público número 1 dos norte-americanos, reivindicou a autoria do atentado. Em comunicado, ele também ameaçou "um caos" quando os eleitores forem às urnas, a partir das 7h (1h no Brasil) no domingo.

Um policial iraquiano morreu em um ataque contra um local de votação em Moqdadia (norte de Bagdá). Outros dois foram mortos no sul da capital iraquiana, em uma emboscada, e outro em Mossul, segundo a agência de notícias France Presse.

Três civis morreram na explosão de uma bomba em uma estrada de Samarra. Ao sul da capital iraquiana, uma mulher e uma criança foram mortas quando disparos que tinham como alvo uma base dos EUA atingiram sua casa.

Eleições

O primeiro-ministro interino do Iraque, Iyad Allawi, fez um apelo aos iraquianos de todas as regiões e etnias para desafiar os rebeldes e comparecer às eleições legislativas de amanhã no país. O presidente irquiano, Ghazi al Yawar, por sua vez, disse acreditar que a violência pode minguar as eleições.

Cerca de 14 milhões de eleitores estão aptos a ir às urnas para escolher o parlamento que se encarregará de redigir a constituição do Iraque, ocupado desde março de 2003 pelos Estados Unidos. Serão mais de 5.000 colégios eleitorais.

A adesão mais forte dos eleitores é esperada nas áreas dominadas por xiitas, que representam cerca de 60% da população, e no norte, de predominância curda. Nas regiões de maioria sunita --vertente religiosa a que pertencia o ex-ditador, Saddam Hussein--, a participação deve ser menor, em virtude da violência.

Com agências internacionais

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