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08/02/2005
-
15h25
da Folha Online
Todas as 104 pessoas que viajavam no Boeing 737 que caiu no Afeganistão na quinta-feira (3), quando ia de Herat (oeste do Afeganistão) para Cabul (capital), estão mortas, disse nesta terça-feira o governo afegão em comunicado da comissão de busca.
As equipes da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e da Isaf [sigla em inglês para Força Internacional de Assistência de Segurança] vasculharam o local onde o avião caiu --a cerca de 30 km de Cabul, nas montanhas da região, a mais de 3.000 metros de altitude-- e encontraram apenas partes de corpos entre os restos do avião.
"Depois de buscas no local, as tropas [das equipes de resgate] concluíram que ninguém sobreviveu", disse o general afegão Mohamad Zaher Azimi, ao ler o comunicado da comissão, formada pelos Ministérios afegãos da Defesa, dos Transportes e do Interior, assim como por membros da Otan e da Isaf.
"A comissão apresenta suas condolências aos povo do Afeganistão, às famílias que perderam seus entes queridos e aos países que perderam seus cidadãos com a queda do avião da Kam Air."
Caixa-preta
Segundo o comunicado, com o fim das operações de busca, será iniciada a investigação da causa do acidente. Técnicos americanos devem ser chamados para ajudar na investigação. A caixa-preta do avião ainda tem que ser encontrada.
Entre os 96 passageiros havia nove cidadãos turcos, seis americanos, quatro russos e três italianos. O Boeing levava ainda oito tripulantes.
De acordo com a comissão, o avião caiu perto de uma torre de observação militar que datava da época da ocupação soviética do país, na década de 80, e que o terreno do local estava minado.
As tempestades de neve no país também impediram que os helicópteros de busca se aproximassem do local onde foram avistados os restos da aeronave. Funcionários do governo afegão disseram que pode levar semanas até que sejam recolhidos os corpos.
Parentes dos passageiros se aglomeravam próximo à barreira feita pelas tropas afegãs, exigindo fazer a busca por si mesmos. "Se eles [as equipes de busca] não conseguem fazer isso, eles deveriam dizer logo e o povo de Cabul viria nos ajudar. Milhares de pessoas seriam voluntárias para ajudar", disse Noora Jan, cujo filho de 27 anos estava a bordo.
Outros acidentes
Em novembro do ano passado, três militares dos Estados Unidos e três tripulantes civis morreram quando o avião em que viajavam se chocou contra uma montanha no Afeganistão.
Em setembro último, antes de aterrissar em Cabul, um avião Antonov-24 --operado pela Kam Air, única empresa aérea privada do país-- teve de fazer uma manobra brusca supostamente por problemas no motor e causou ferimentos em 27 pessoas.
No início de 1998, 51 pessoas morreram quando um outro avião Antonov chocou-se contra montanhas da cidade de Quetta, sudoeste do Paquistão, após evitar aterrissagem no Afeganistão devido ao mau tempo.
Com agências internacionais
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As equipes da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e da Isaf [sigla em inglês para Força Internacional de Assistência de Segurança] vasculharam o local onde o avião caiu --a cerca de 30 km de Cabul, nas montanhas da região, a mais de 3.000 metros de altitude-- e encontraram apenas partes de corpos entre os restos do avião.
"Depois de buscas no local, as tropas [das equipes de resgate] concluíram que ninguém sobreviveu", disse o general afegão Mohamad Zaher Azimi, ao ler o comunicado da comissão, formada pelos Ministérios afegãos da Defesa, dos Transportes e do Interior, assim como por membros da Otan e da Isaf.
"A comissão apresenta suas condolências aos povo do Afeganistão, às famílias que perderam seus entes queridos e aos países que perderam seus cidadãos com a queda do avião da Kam Air."
Caixa-preta
Segundo o comunicado, com o fim das operações de busca, será iniciada a investigação da causa do acidente. Técnicos americanos devem ser chamados para ajudar na investigação. A caixa-preta do avião ainda tem que ser encontrada.
Entre os 96 passageiros havia nove cidadãos turcos, seis americanos, quatro russos e três italianos. O Boeing levava ainda oito tripulantes.
De acordo com a comissão, o avião caiu perto de uma torre de observação militar que datava da época da ocupação soviética do país, na década de 80, e que o terreno do local estava minado.
As tempestades de neve no país também impediram que os helicópteros de busca se aproximassem do local onde foram avistados os restos da aeronave. Funcionários do governo afegão disseram que pode levar semanas até que sejam recolhidos os corpos.
Parentes dos passageiros se aglomeravam próximo à barreira feita pelas tropas afegãs, exigindo fazer a busca por si mesmos. "Se eles [as equipes de busca] não conseguem fazer isso, eles deveriam dizer logo e o povo de Cabul viria nos ajudar. Milhares de pessoas seriam voluntárias para ajudar", disse Noora Jan, cujo filho de 27 anos estava a bordo.
Outros acidentes
Em novembro do ano passado, três militares dos Estados Unidos e três tripulantes civis morreram quando o avião em que viajavam se chocou contra uma montanha no Afeganistão.
Em setembro último, antes de aterrissar em Cabul, um avião Antonov-24 --operado pela Kam Air, única empresa aérea privada do país-- teve de fazer uma manobra brusca supostamente por problemas no motor e causou ferimentos em 27 pessoas.
No início de 1998, 51 pessoas morreram quando um outro avião Antonov chocou-se contra montanhas da cidade de Quetta, sudoeste do Paquistão, após evitar aterrissagem no Afeganistão devido ao mau tempo.
Com agências internacionais
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