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08/04/2005 - 07h22

Fiéis chamam João Paulo 2º de santo durante missa

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da Folha Online

Sob aplausos e gritos de "santo, santo", a multidão que participa emocionada do funeral de João Paulo 2º, nesta sexta-feira, na basílica de São Pedro (Vaticano), interrompeu os ritos por alguns minutos, logo após a comunhão, pedindo a canonização do sumo pontífice, que morreu no sábado (2).

A celebração ocorre na parte frontal da basílica e é presidida pelo cardeal alemão Joseph Ratzinger, na presença de outros cardeais. Religiosos e de mais de 200 chefes de Estado e governo e autoridades de todo o mundo estão presentes.

Durante a homilia, Ratzinger foi interrompido por aplausos 13 vezes. "Agora [o papa] está diante da janela da casa do Senhor. Nos vê e nos abençoa", disse.

Com a voz embargada, ele lembrou a última aparição de João Paulo 2º. "Não esqueceremos nunca o último domingo de Páscoa de sua vida no qual o papa, marcado pelo sofrimento, apareceu na janela do palácio apostólico e deu pela última vez a benção 'urbi et orbi'", afirmou.

Após a missa, o caixão será levado em procissão para a cripta da basílica. A terceira e última parte do final será novamente presidida pelo camerlengo [líder interino do vaticano], o espanhol Eduardo Martínez Somalo, na presença dos principais prelados da Cúria, do cardeal Ruini e das pessoas próximas ao pontífice.

Passagens

A missa contou com a leitura de salmos e da liturgia da palavra, seguidos pelas palavras de Ratzinger. Depois, os presentes pronunciam a prece universal em diversas línguas.

Houve também a liturgia eucarística, em homenagem à última ceia de Cristo, e a comunhão, distribuída por centenas de sacerdotes, seguida do rito da última recomendação e do adeus. A missa teve ainda a súplica dos santos, aos quais se encomenda a alma de João Paulo 2º.

Na seqüência deve ocorrer a súplica da Igreja Romana pronunciada pelo cardeal Camillo Ruini, e a das igrejas orientais, segundo o rito bizantino. A missa termina com uma oração do cardeal Ratzinger, que pede a Deus que conceda "à igreja, privada de seu pastor, o consolo da fé e da esperança".

Caixão

Antes da missa, o caixão de João Paulo 2º foi colocado sobre o chão, no lado esquerdo da basílica. Na seqüência, um Evangelho [aberto] foi posto sobre o ataúde do sumo pontífice, ao mesmo tempo em que sinos de todo o Vaticano soavam em sua homenagem.

Um plano de segurança sem precedentes [cerca de 10 mil homens] foi montado em Roma, capital italiana, para garantir a segurança e dar assistência aos cerca de 4 milhões de peregrinos que lotam as ruas do Vaticano desde a morte do sumo pontífice.

O caixão do papa [de cipreste] foi fechado na presença de um grupo de cardeais, entre eles o camerlengo e o secretário particular do papa, Stanislaw Dziwisz. Pela primeira vez na história da Igreja Católica, o rosto de um papa morto foi coberto com um véu branco de seda.

Após a missa, o corpo do sumo pontífice será enterrado diretamente sob a terra, abaixo de uma lápide de mármore branco na cripta da basílica de São Pedro, no mesmo lugar onde ficou o corpo do papa João 23 (1958-63)até sua beatificação, em 2000. O caixão de cipreste será colocado dentro de outro de zinco e de um terceiro de carvalho.

As portas da basílica de São Pedro foram fechadas à visitação pública pouco depois das 22h (17 de Brasília) desta quinta-feira. Até o momento, não há números oficiais sobre o total de fiéis que passaram pela basílica para se despedir do sumo pontífice, mas peregrinos chegaram a esperar até 20 horas na fila.

Especial
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