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08/04/2005
-
09h58
RICARDO FELTRIN
Enviado especial da Folha Online a Roma
No primeiro dia nublado em Roma desde a morte do papa, uma multidão de fiéis se despediu nesta sexta-feira de João Paulo 2º após uma missa campal celebrada à frente da basílica de São Pedro. Cerca de 600 mil pessoas assistiram à celebração nos arredores da praça São Pedro.
Após a missa, o corpo do pontífice foi enterrado diretamente sob a terra, às 14h20 (9h20 em Brasília), debaixo de uma lápide de mármore branco na cripta da basílica, no mesmo lugar onde ficou o corpo do papa João 23 (1958-63) até sua beatificação, em 2000. O caixão de cipreste foi colocado dentro de outro de zinco e de um terceiro, de carvalho. A basílica reabrirá suas portas amanhã, mas os fiéis não poderão visitar a tumba antes da próxima segunda-feira.
A missa de corpo presente foi conduzida pelo cardeal alemão Joseph Ratzinger, um dos favoritos para suceder João Paulo 2º, diante de uma praça tomada por peregrinos emocionados, que acompanharam as exatas 2 horas e 25 minutos da cerimônia, celebrada em italiano e latim, com trechos em inglês e em francês.
A cerimônia fúnebre começou às 10h15 (5h15 em Brasília), 15 minutos após o corpo de João Paulo 2º, dentro de uma urna, ser carregado para fora da basílica, onde foi velado desde a última segunda-feira. Pelo menos 1 milhão de católicos passaram diante da laje onde o corpo ficou exposto durante quatro dias sob a cúpula da catedral.
A exemplo do início da missa, os sinos do Vaticano soaram em homenagem ao papa ao final da celebração. Durante a cerimônia, houve a leitura de salmos e da liturgia da palavra, seguidos pelas palavras do cardeal.
Houve também a liturgia eucarística, em homenagem à última ceia de Cristo, e a comunhão, distribuída por centenas de sacerdotes, seguida do rito da última recomendação e do adeus.
Primeira leitura
A primeira leitura da missa foi o Atos dos Apóstolos 10, 34-43, seguido pelo salmo 22, cantado em latim por toda a multidão, que recebeu um livrinho para acompanhar a missa.
A segunda leitura foi a carta de São Paulo aos Filipenses 3, 20 a 4, 1. Durante a homilia, também chamada de sermão, o cardeal lembrou toda a vida de João Paulo 2º, desde sua infância na Polônia, seu envolvimento com o teatro, até seu périplo pelo mundo, já como sumo pontífice. A homilia foi interrompida 13 vezes pelos aplausos da multidão.
Todas as vezes em que o nome de João Paulo 2º era citado, a multidão iniciava uma salva de palmas, acompanhadas por gritos, em polonês, de "Giovanni Paola" e "santo, santo, santo".
Milhares de bandeiras, a maioria vermelhas e brancas da Polônia de Karol Josef Wojtyla, tremulavam ao vento que permaneceu na praça São Pedro durante toda a cerimônia.
Às 11h15 (6h15 em Brasília), após o rito da Eucaristia, dezenas de sacerdotes iniciaram a distribuição de hóstias em meio à multidão.
A missa campal terminou às 12h40 (7h40 em Brasília), quando os sino da basílica começaram a dobrar, e a multidão a aplaudir entusiasmadamente, gritando e gritando "Giovanni Paolo". Nesse exato momento, o sol voltou a aparecer na praça São Pedro.
O corpo do sumo pontífice foi levado para o interior da basílica de São Pedro para os rituais finais, realizado apenas na presença de religiosos, antes de ser enterrado na cripta da igreja.
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Enviado especial da Folha Online a Roma
No primeiro dia nublado em Roma desde a morte do papa, uma multidão de fiéis se despediu nesta sexta-feira de João Paulo 2º após uma missa campal celebrada à frente da basílica de São Pedro. Cerca de 600 mil pessoas assistiram à celebração nos arredores da praça São Pedro.
Após a missa, o corpo do pontífice foi enterrado diretamente sob a terra, às 14h20 (9h20 em Brasília), debaixo de uma lápide de mármore branco na cripta da basílica, no mesmo lugar onde ficou o corpo do papa João 23 (1958-63) até sua beatificação, em 2000. O caixão de cipreste foi colocado dentro de outro de zinco e de um terceiro, de carvalho. A basílica reabrirá suas portas amanhã, mas os fiéis não poderão visitar a tumba antes da próxima segunda-feira.
Max Rossi/Reuters |
Caixão do papa é retirado após celebração |
A cerimônia fúnebre começou às 10h15 (5h15 em Brasília), 15 minutos após o corpo de João Paulo 2º, dentro de uma urna, ser carregado para fora da basílica, onde foi velado desde a última segunda-feira. Pelo menos 1 milhão de católicos passaram diante da laje onde o corpo ficou exposto durante quatro dias sob a cúpula da catedral.
A exemplo do início da missa, os sinos do Vaticano soaram em homenagem ao papa ao final da celebração. Durante a cerimônia, houve a leitura de salmos e da liturgia da palavra, seguidos pelas palavras do cardeal.
Houve também a liturgia eucarística, em homenagem à última ceia de Cristo, e a comunhão, distribuída por centenas de sacerdotes, seguida do rito da última recomendação e do adeus.
Primeira leitura
A primeira leitura da missa foi o Atos dos Apóstolos 10, 34-43, seguido pelo salmo 22, cantado em latim por toda a multidão, que recebeu um livrinho para acompanhar a missa.
A segunda leitura foi a carta de São Paulo aos Filipenses 3, 20 a 4, 1. Durante a homilia, também chamada de sermão, o cardeal lembrou toda a vida de João Paulo 2º, desde sua infância na Polônia, seu envolvimento com o teatro, até seu périplo pelo mundo, já como sumo pontífice. A homilia foi interrompida 13 vezes pelos aplausos da multidão.
Luca Bruno/AP |
Milhares chamam João Paulo 2º de santo |
Milhares de bandeiras, a maioria vermelhas e brancas da Polônia de Karol Josef Wojtyla, tremulavam ao vento que permaneceu na praça São Pedro durante toda a cerimônia.
Às 11h15 (6h15 em Brasília), após o rito da Eucaristia, dezenas de sacerdotes iniciaram a distribuição de hóstias em meio à multidão.
AP |
Caixão que guarda o corpo do papa é colocado em sepultura na cripta da basílica de São Pedro |
O corpo do sumo pontífice foi levado para o interior da basílica de São Pedro para os rituais finais, realizado apenas na presença de religiosos, antes de ser enterrado na cripta da igreja.
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