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19/04/2005
-
14h16
da Folha Online
Conservador, o cardeal alemão Joseph Ratzinger deve dar continuidade aos trabalhos de internacionalização e de rigidez moral do pontificado de João Paulo 2º. Ratzinger foi durante 23 anos o guardião da Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, órgão que ficou no lugar do antigo tribunal da Inquisição.
O cardeal alemão começou a ganhar atenção ao chegar a Roma, em 1962, como teólogo conselheiro do cardeal Joseph Frings [de Colônia, Alemanha] no Segundo Concílio do Vaticano.
Aos 35 anos se converte em uma espécie de "estrela" da teologia. Mas foi em 1968 que Ratzinger ganhou destaque, quando travou uma luta ferrenha contra o marxismo e o ateísmo, que cresciam entre os jovens.
Pouco antes, em 1966, conseguiu uma cadeira em teologia dogmática na universidade de Tübingen, onde sua indicação foi fortemente apoiada e defendida pelo teólogo suíço Hans Küng [que questiona a autoridade papal]. Ratzinger continuava convicto sobre sua visão tradicionalista apesar da atmosfera liberal de Tübingen, no Estado de Baden-Württemberg, e da tendência marxista do movimento estudantil nos anos 60.
Três anos mais tarde, ele retornou para a Baviera e foi para a Universidade de Regensburg, onde foi professor de teologia dogmática e de história do dogma, além de vice-presidente e reitor da universidade. Posteriormente transformou-se em conselheiro teológico dos bispos alemães.
Cinco anos depois, em março de 1977, Paulo 6º elegeu Ratzinger arcebispo de Munique e Freising e, em maio, foi consagrado o primeiro padre diocesano a conquistar o Ministério Pastoral da Grande Diocese da Baviera.
O papa Paulo 6º também nomeou Ratzinger cardeal no consistório [assembléia de cardeais presidida pelo sumo pontífice], em 27 de junho de 1977. Depois disso, ele e se tornou bispo de Velletri-Segni e Ostia --que tradicionalmente é a "ante-sala" para o trono do papado.
Em 25 de novembro de 1981, o papa João Paulo 2º nomeou Ratzinger encarregado da Congregação para a Doutrina da Fé, anteriormente conhecida como Tribunal da Santa Inquisição, que foi renomeado em 1908 pelo papa Pio 10º. Ele também presidiu as comissões bíblica e pontifícia internacional teológica.
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Ratzinger foi o guardião do extinto tribunal da Santa Inquisição
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Conservador, o cardeal alemão Joseph Ratzinger deve dar continuidade aos trabalhos de internacionalização e de rigidez moral do pontificado de João Paulo 2º. Ratzinger foi durante 23 anos o guardião da Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, órgão que ficou no lugar do antigo tribunal da Inquisição.
O cardeal alemão começou a ganhar atenção ao chegar a Roma, em 1962, como teólogo conselheiro do cardeal Joseph Frings [de Colônia, Alemanha] no Segundo Concílio do Vaticano.
Aos 35 anos se converte em uma espécie de "estrela" da teologia. Mas foi em 1968 que Ratzinger ganhou destaque, quando travou uma luta ferrenha contra o marxismo e o ateísmo, que cresciam entre os jovens.
Pouco antes, em 1966, conseguiu uma cadeira em teologia dogmática na universidade de Tübingen, onde sua indicação foi fortemente apoiada e defendida pelo teólogo suíço Hans Küng [que questiona a autoridade papal]. Ratzinger continuava convicto sobre sua visão tradicionalista apesar da atmosfera liberal de Tübingen, no Estado de Baden-Württemberg, e da tendência marxista do movimento estudantil nos anos 60.
Três anos mais tarde, ele retornou para a Baviera e foi para a Universidade de Regensburg, onde foi professor de teologia dogmática e de história do dogma, além de vice-presidente e reitor da universidade. Posteriormente transformou-se em conselheiro teológico dos bispos alemães.
Cinco anos depois, em março de 1977, Paulo 6º elegeu Ratzinger arcebispo de Munique e Freising e, em maio, foi consagrado o primeiro padre diocesano a conquistar o Ministério Pastoral da Grande Diocese da Baviera.
O papa Paulo 6º também nomeou Ratzinger cardeal no consistório [assembléia de cardeais presidida pelo sumo pontífice], em 27 de junho de 1977. Depois disso, ele e se tornou bispo de Velletri-Segni e Ostia --que tradicionalmente é a "ante-sala" para o trono do papado.
Em 25 de novembro de 1981, o papa João Paulo 2º nomeou Ratzinger encarregado da Congregação para a Doutrina da Fé, anteriormente conhecida como Tribunal da Santa Inquisição, que foi renomeado em 1908 pelo papa Pio 10º. Ele também presidiu as comissões bíblica e pontifícia internacional teológica.
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