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22/04/2005
-
08h46
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O Brasil preparou um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para buscar em Quito o ex-presidente Lucio Gutiérrez, deposto na última quarta, mas o pouso em território equatoriano depende da liberação de um salvo-conduto, instrumento que permite o traslado com segurança do ex-presidente.
Sem o salvo-conduto, Gutiérrez pode ser preso assim que deixar a embaixada brasileira em Quito, onde permanece desde que foi deposto. A ministra da Justiça, Cecilia Armas, deu ordem de prisão ao ex-presidente, acusado de abuso de poder --ele dissolveu a Suprema Corte do Equador.
Em frente à embaixada, manifestantes pedem que o Brasil desista de conceder asilo político ao presidente deposto.
O avião da FAB partiu de Rio Branco, no Acre, e seguiu para a base aérea de Porto Velho, em Rondônia, onde aguarda a orientação diplomática para buscar Gutiérrez.
Segundo o Comando da Aeronáutica, o avião não saiu do território brasileiro. Pela manhã, havia a informação de que ele teria sobrevoado o país vizinho, mas retornado.
O Brasil espera o Equador liberar o salvo-conduto nas próximas horas, segundo o Itamaraty. Gutiérrez está na Embaixada do Brasil em Quito, capital do país, desde a última quarta-feira.
O novo governo do Equador afirmou que vai conceder o salvo-conduto para Gutiérrez, que pediu asilo político ao Brasil depois de ter sido destituído pelo Congresso após quase uma semana de protestos populares que culminaram em duas mortes.
Desde então, Gutiérrez está na residência do embaixador brasileiro em Quito, Sérgio Florencio, onde dezenas de manifestantes se postaram para protestar contra sua saída do país. Na noite desta quinta-feira, grupos anti-Gutiérrez faziam coro em frente à casa: "Lula, amigo, no le de asilo", gritavam. Nos muros da casa, inscreveram frases de repúdio ao político. Motoristas que passam em frente ao local buzinam e gritam.
O Brasil já concedeu o asilo diplomático, mas, para a efetivação do asilo territorial --também já formalizado e que permitirá a sua vinda ao país-- será necessário o salvo-conduto. O pedido de asilo também atinge a mulher e as duas filhas do ex-presidente.
Colaborou LUCIANA COELHO, enviada especial da Folha de S.Paulo a Quito
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da Folha Online, em Brasília
O Brasil preparou um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para buscar em Quito o ex-presidente Lucio Gutiérrez, deposto na última quarta, mas o pouso em território equatoriano depende da liberação de um salvo-conduto, instrumento que permite o traslado com segurança do ex-presidente.
Sem o salvo-conduto, Gutiérrez pode ser preso assim que deixar a embaixada brasileira em Quito, onde permanece desde que foi deposto. A ministra da Justiça, Cecilia Armas, deu ordem de prisão ao ex-presidente, acusado de abuso de poder --ele dissolveu a Suprema Corte do Equador.
Em frente à embaixada, manifestantes pedem que o Brasil desista de conceder asilo político ao presidente deposto.
O avião da FAB partiu de Rio Branco, no Acre, e seguiu para a base aérea de Porto Velho, em Rondônia, onde aguarda a orientação diplomática para buscar Gutiérrez.
Segundo o Comando da Aeronáutica, o avião não saiu do território brasileiro. Pela manhã, havia a informação de que ele teria sobrevoado o país vizinho, mas retornado.
21.abr.2005/Reuters |
Manifestantes protestam em Quito |
O novo governo do Equador afirmou que vai conceder o salvo-conduto para Gutiérrez, que pediu asilo político ao Brasil depois de ter sido destituído pelo Congresso após quase uma semana de protestos populares que culminaram em duas mortes.
Desde então, Gutiérrez está na residência do embaixador brasileiro em Quito, Sérgio Florencio, onde dezenas de manifestantes se postaram para protestar contra sua saída do país. Na noite desta quinta-feira, grupos anti-Gutiérrez faziam coro em frente à casa: "Lula, amigo, no le de asilo", gritavam. Nos muros da casa, inscreveram frases de repúdio ao político. Motoristas que passam em frente ao local buzinam e gritam.
O Brasil já concedeu o asilo diplomático, mas, para a efetivação do asilo territorial --também já formalizado e que permitirá a sua vinda ao país-- será necessário o salvo-conduto. O pedido de asilo também atinge a mulher e as duas filhas do ex-presidente.
Colaborou LUCIANA COELHO, enviada especial da Folha de S.Paulo a Quito
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