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03/05/2005 - 15h06

Britânicos escolhem novos parlamentares em eleições gerais

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da Folha Online

Nas eleições gerais que acontecem no Reino na próxima sexta-feira, os britânicos poderão eleger 646 parlamentares para a Câmara Baixa dos Comuns --desta vez, a câmara terá 13 vagas a menos do que nas últimas eleições, por conta de mudanças em regiões eleitorais na Escócia.

O partido com o maior número de cadeiras tem o seu líder apontado pela Rainha Elizabeth 2ª como o primeiro-ministro do país. Uma vez apontado, o premiê tem o direito de formar o novo governo. Tony Blair, o atual primeiro-ministro, é líder do Partido Trabalhista.

Além da Câmara Baixa, a Casa dos Lordes integra o Parlamento britânico. Os 685 parlamentares desse órgão não são substituídos por eleições gerais, já que o cargo é recebido por hereditariedade ou honra.

Quem vota

O Reino Unido é dividido em 646 distritos eleitorais, cada um com cerca de 69 mil eleitores, espalhados pela Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Cada distrito elege um membro para a Casa dos Comuns.

O voto não é obrigatório e o eleitor precisa ter ao menos 18 anos para votar, além de ser cidadão britânico, ou da Irlanda, residente no Reino Unido.

Nas últimas eleições, ocorridas em 2001, 59% dos eleitores registrados compareceram às urnas --o número mais baixo desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Quem são os candidatos

Os candidatos à uma vaga na Casa dos Comuns são escolhidos por partidos locais, e depois devem ser aprovados assembléia nacional do partido. Não é preciso que o candidato resida no mesmo distrito que ele concorre na eleição.

Mais de 3.500 candidatos de 170 partidos disputam vagas no Parlamento nessas eleições. Os três maiores partidos têm candidatos em praticamente todas as regiões eleitorais. Também há 155 candidatos independentes.

Como o dia da eleição é determinado

No Reino Unido, o primeiro-ministro pode convocar as eleições a qualquer momento, que devem ocorrer, no máximo, a cada cinco anos. Blair poderia convocar as eleições até 12 de junho de 2006, quando seu segundo mandato termina. O governo também pode pedir a dissolução do Parlamento e as eleições gerais, antes desse prazo.

A votação geralmente é realizada em uma quinta-feira, mas isso não é uma regra fixa, mas uma tradição. As eleições não podem ser realizadas em fins de semana ou feriados.

A campanha eleitoral no Reino Unido

A campanha "oficial" é relativamente curta: o primeiro-ministro deve anunciar as eleições antes de no mínimo três semanas, ou no máximo seis semanas antes do dia da eleição.

Na prática, a campanha "informal" começa muito antes disso: os políticos podem usar a TV e também a internet para iniciar a corrida eleitoral.

O dia da eleição

No dia da eleição, os britânicos não votam diretamente no primeiro-ministro, mas sim em candidatos que concorrem a um lugar na Câmara dos Comuns. Um partido precisa vencer em 324 distritos para ter a maioria na Casa dos Comuns, o que permite a eleição de um primeiro-ministro.

Apesar de não haver restrições a partidos ou candidatos independentes, tradicionalmente a grande maioria dos votos vão para candidatos dos três principais partidos: o Trabalhista, o Conservador e o Liberal Democrata.

Oposição

O partido que consegue o segundo maior número de cadeiras no Parlamento forma a oposição, uma espécie de gabinete "sombra", preparado para assumir o poder a qualquer momento, caso o gabinete no poder seja dissolvido. Entre os membros o líder de um dos partidos de oposição, o ministro das Relações Exteriores e o secretário do Interior.

Monarquia

O papel da monarca, Rainha Elizabeth 2º, nas eleições é puramente cerimonial. É ela quem determina a dissolução do Parlamento, a pedido do primeiro-ministro, e aponta o líder do partido que obteve a maioria da Casa dos Comuns como novo chefe de governo.

A rainha Elizabeth 2º nomeou nove primeiros-ministros durante seu reinado de 29 anos. Apenas três deles permaneceram os cinco anos no poder.

Com agências internacionais

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